PM descreve agressão sofrida por bolsonarista no 8 de janeiro

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos
A cabo Marcela da Silva Moraes Pinno, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, nesta terça-feira (12/9). A militar relatou como foram as agressões de bolsonaristas enquanto atuava na proteção do Congresso Nacional.
Segundo Marcela, ela foi golpeada com uma barra de ferro na cabeça, além de socos e chutes após ser derrubada no chão por aqueles que atacavam os Três Poderes. O capacete é blindado, defende de disparos. Inclusive, quando eu estava no chão, sendo agredida com barra de ferro, socos e chutes, eles (invasores) tentaram retirar minha arma. Então, com um braço eu fazia a defesa do meu rosto, e com o outro eu fazia a contenção do meu armamento”, disse.
Marcela ainda contou que foi jogada do alto da cúpula do Congresso Nacional, uma altura de aproximadamente três metros. “Eu caio, consigo retornar, mas fui puxada novamente ao passar do gradil. Estava me defendendo com meu escudo, neste momento, eles estavam me arrastando pelo escudo”, relata.
A militar ainda pontua que os atos antidemocráticos foram a manifestação mais agressiva que ajudou a conter e que os bolsonaristas estavam bem organizados para a invasão e que, provavelmente, estavam orientados. 

“Não posso dizer que eram técnicas militares, mas posso dizer que estavam organizados. Havia quatro ou cinco que estavam à frente da manifestação que possuíam luvas para lançar granadas. Eles usavam máscaras para cobrir o rosto”, explica.
Nesta terça a CPMI ainda ouviria a ex-Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Marília Ferreira Alencar, mas recebeu um habeas corpus proferido pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), a decisão demonstra a “falta de equilíbrio entre os Poderes”.
“É sem dúvida, lamentável que um episódio como esse aconteça. Lamentável em função da condição que o Supremo Tribunal Federal, através da lavra e de uma decisão monocrática, se coloca contra o conjunto de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, formada por senadores e deputados, e que representa as duas casas do Congresso Nacional”, disse.

image

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Prefeito sobe em palco, xinga eleitores e diz que não quer mais que votem nele

O prefeito de Cantagalo (RJ), Guga de Paula (PP) subiu ao palco em show ao ar livre no sábado passado, 11, e mandou os eleitores irem "à merda". Além disso, ele pediu que não votem mais nele. O ocorrido, no distrito de Euclidelândia, que faz parte do município, foi gravado e compartilhado nas redes sociais.

Cármen vai conduzir investigação das fake news sobre enchentes no RS

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai conduzir o inquérito aberto a pedido do governo federal para investigar a disseminação de notícias falsas envolvendo as enchentes no Rio Grande do Sul. A investigação, que tramita em sigilo, foi distribuída ao gabinete da ministra por sorteio. Como relatora, ela tem a atribuição de

Marido lamenta a morte da deputada Amália: ‘Transformou minha existência’

Thiago Boava expressou pesar pela perda de sua esposa, a deputada federal Amália Barros (PL-MT), que foi sepultada na manhã desta segunda-feira, 13, na cidade de Mogi Mirim, interior de São Paulo, sua terra natal. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Boava desabafou sobre o falecimento de Amália. "Amália, sei que você não pode