Kajuru busca alianças para PEC que proíbe militares da ativa em ministérios

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) começou a articular apoios para proibir militares da ativa de ocuparem cargos em ministérios. Ele é relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tornar obrigatória a transferência dos membros das Forças Armadas à reserva se quiserem disputar eleições. A ideia é incluir, no projeto, a restrição de participação no alto escalão do governo.

O ponto estava previsto na versão original da proposta, mas já havia sido descartado pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), autor da PEC, que chegou a classificar a medida como ‘descriminatória’.

O governo decidiu desmembrar a discussão com o argumento de que as regras para participação no processo eleitoral atingem prerrogativas dos militares enquanto a restrição a indicações aos ministérios envolve uma atribuição do presidente.

Kajuru vai conversar com o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, antes de finalizar o relatório. A ideia é votar o texto, no máximo, até a segunda semana de novembro. “Vai ser um debate polêmico, mas estou tendo apoio da maioria”, afirma o senador.

De saída, Kajuru vai focar na restrição para o cargo de ministro, mas avalia a extensão da regra para outras funções nos ministérios, como a de secretário-executivo, por exemplo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que promoveu uma ampla militarização do governo enquanto esteve no cargo, escalou os generais Eduardo Pazuello e Luiz Eduardo Ramos como ministros da Saúde e da Secretaria de Governo, respectivamente, quando eles ainda estavam na ativa do Exército.

A PEC foi apresentada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a justificativa de ‘garantir a neutralidade das Forças Armadas’. Hoje, os militares só precisam se afastar das atividades se forem eleitos e não no ato de registro da candidatura.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

DF fecha o ano com 379 vagas de emprego e salários de até R$ 2 mil

O Distrito Federal encerra 2025 com 379 vagas abertas nas agências do trabalhador, oferecendo oportunidades para quem busca emprego na região. Entre as...

O Réveillon de Lula em Copacabana

Réveillon de Lula no Rio: base naval, Janja e planos de fogos em Copacabana O presidente Lula passará o Réveillon de 2025 para 2026...

Violência no Brasil é maior do que em guerra sangrenta no Sudão

Palavras-chave: violência no Brasil, ACLED, Sudão, crise humanitária, homicídios dolosos, segurança pública. Mesmo não sendo oficialmente uma nação em guerra, os níveis de violência...