Casal Moro e Rosângela, que ganha R$ 60 mil em salários, é processado por não pagar IPTU de R$ 2.750

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O senador Sérgio Moro (União-PR) contabilizou uma vitória nessa semana, ao conseguir o adiamento, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, dos depoimentos das testemunhas nas ações que pedem a cassação do seu mandato por abuso do poder econômico e caixa dois de campanha. Moro é atualmente alvo de duas ações na Justiça Eleitoral por supostas irregularidades em suas despesas da pré-campanha, quando ainda era pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos.

 

Inicialmente, estava previsto que o TRE começaria a tomar o depoimento das testemunhas nesta quarta (25). Na sexta (27) estava marcado o depoimento do deputado federal cassado e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Novo). Moro seria ouvido em 16 de novembro. Com o adiamento, os depoimentos serão colhidos a partir de 29 de novembro, e o senador paranaense deve depor em 7 de dezembro.

 

O processo que pode levar à cassação de seu mandato, entretanto, não é o único dos problemas de Sérgio Moro com a Justiça. Segundo o blog do jornalista Ancelmo Gois, de O Globo, desde o dia 20 de outubro, o município de Curitiba iniciou, na Justiça estadual, uma ação de cobrança contra o senador e a sua esposa, a deputada federal Rosangela Moro (União-SP).

 

Segundo consta na ação, o casal Moro não pagou o IPTU e a taxa de lixo do ano de 2002 referentes ao imóvel do qual são proprietários em Curitiba. A dívida total que está sendo cobrada judicialmente é de R$ 2.750,70.

 

Na última terça (23), o juiz responsável pelo caso ordenou o pagamento imediato da pendência em até cinco dias após a citação. Caso a dívida não seja quitada, há a possibilidade de penhora de bens do casal.

 

O ex-juiz Sérgio Moro declarou à Justiça Eleitoral, na campanha de 2022, possuir um patrimônio de R$ 1.589.369,94. Já a atual deputada federal declarou durante a campanha ter um patrimônio de R$ 1.340.088,15. 

 

Moro, processado por não pagar um IPTU de R$ 2.750, recebe um salário líquido de R$ 30.446,08, após os descontos de IR e INSS. Já Rosângela recebe um pouco menos, R$ 29.187,88, após os descontos obrigatórios. 

 

Além dos salários, os parlamentares também são ressarcidos pelo Senado em gastos com passagens aéreas, locomoção, alimentação, material de consumo, divulgação externa da atividade, segurança privada, entre outros. O senador Sérgio Moro, que mora com sua esposa em um apartamento funcional, já usou neste ano R$ 230.605,94 da chamada cota parlamentar. Já a deputada Rosângela utilizou R$ 258.779,23 da cota a que tem direito na Câmara. 

 

Em suas redes sociais, Sérgio Moro criticou a “inoperância do governo Lula e do Ministério da Justiça”, defendeu o projeto que limita as atribuições de ministros do STF, mas não fez comentários sobre a informação do jornal O Globo a respeito do processo pela dívida do IPTU. A deputada Rosângela Moro também não deu declarações sobre o caso.

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