PGR completa um mês sem chefe titular; Lula ainda não revelou favorito

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Augusto Aras deixou a chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 26 de setembro e um mês depois, o órgão ainda não tem um novo titular. Desde o dia 27 de setembro, a instituição passou a ser chefiada interinamente pela procuradora Elizeta Ramos.

 

Elizeta Ramos fica no cargo até a decisão de Lula para o novo PGR, que precisa ser aprovada pelo Senado A avaliação sobre a interina é que ela tem conduzido a gestão de forma “republicana” e não dá sinais de que busca se cacifar para o cargo de titular.

 

Nesse período, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem feito mistério sobre o nome que indicará à PGR e, até o momento, não apontou um favorito. A certeza é que o petista não escolherá um dos nomes da lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), entidade que representa os membros do MPF. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. 

 

Lula decidiu segurar a indicação e não apresentar o nome do sucessor de Aras de imediato, como adiantado pelo site. Auxiliares do presidente têm dito que não há pressa nessa decisão, mas há quem veja chances de uma definição sair em novembro, no mesmo pacote que inclui a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

O processo teria sido destravado com o retorno de Lula ao Planalto, após a cirurgia no quadril, e pela aprovação dos nomes indicados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que zera a fila de indicações.

 

COTADOS

Dos nomes ventilados até agora como os mais cotados, o favorito é Paulo Gustavo Gonet Branco, que teria uma vantagem em razão do apoio dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Gonet é ainda próximo dos advogados que compõem o grupo Prerrogativas, que é crítico à Operação Lava Jato.

 

Também são bem cotados os subprocuradores Antônio Carlos Bigonha, candidato favorito do PT e da ala mais progressista do governo, e Carlos Frederico Santos, que atua no julgamento dos réus das invasões golpistas do 8 de Janeiro.

 

Outros nomes colocados na mesa são de Luiz Augusto dos Santos Lima, que integrava a equipe de Aras na PGR e teria sido sugerido pelo ex-presidente José Sarney, e Aurélio Virgílio Veiga Rios, que começou a carreira como assessor do ex-PGR Sepúlveda Pertence, na década de 1980, e sempre atuou em questões relacionadas a direitos humanos.

 

Pesa a favor de Rios a postura crítica à Lava Jato, ainda que discreta. Ele é visto como uma possível terceira via, uma vez que é reconhecido como mais à esquerda no espectro político e foge da tutela de ministros.

 

A quantidade de nomes ventilados demonstra que há muitos “padrinhos” querendo fazer indicações. A demora para Lula oficializar sua escolha é uma tentativa de marcar posição nesse contexto e deixar claro que o presidente não vai ceder a pressões.

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