Presa quadrilha responsável pelo assassinato de motorista de aplicativo

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A prisão, neste domingo (29/10), dos suspeitos responsáveis pela morte do motorista de aplicativo Alessandro de Araújo, de 52 anos, revelou uma série de crimes cometidos por uma quadrilha que havia se estabelecido em um sítio em São José da Lapa, na Região Metropolitana. Alessandro foi assassinado na noite de sábado (28/10), na rodovia MG-424, na mesma cidade onde o grupo estava escondido. 

O autor do crime, A. L. M. S., de 18 anos, foi quem disparou e matou Alessandro. Ele foi preso num sítio, em Matozinhos, na Grande BH. Outros cinco presos são o menor L. M. S. P, de 17 anos, I. A. B., de 33 anos (preso em Curvelo), S. M. S., de 26, e duas mulheres, R. C. S, de 41, e B. S. F., de 24, que estavam num sítio em São José da Lapa. 

A autuação dos envolvidos foi feita na Delegacia de Pedro Leopoldo, pelo delegado de Matozinhos, Cláudio de Freitas Neto. Um homem, também motorista de aplicativo, esteve na delegacia logo após o crime que vitimou Alessandro. Ele havia sido vítima dos mesmos ladrões, que roubaram o Corolla em que ele dirigia na noite de sexta-feira (27/10), em Belo Horizonte. O homem reconheceu os suspeitos.

“Eu estava parado na esquina da Avenida Getúlio Vargas com Cristóvão Colombo quando apareceu um casal, um homem moreno e uma mulher loura. Eles estavam armados e mandaram que eu descesse e entregasse as chaves do carro”, conta essa vítima. Assim que os ladrões levaram seu carro, ele correu e pediu ajuda a um conhecido, também motorista de aplicativo, para seguirem o Corolla.

Ele e o amigo conseguiram seguir o veículo roubado por alguns quarteirões. Então, a vítima que teve o carro roubado conseguiu contato com a Polícia Militar, que iniciou uma busca na região da Savassi e Centro, mas sem conseguir encontrar o veículo.

Na Delegacia de Pedro Leopoldo, o motorista que teve o carro roubado contou que tinha visto a placa de seu carro no Onix roubado do motorista assassinado. “Decidi, então, vir até a delegacia”, contou.

Trabalho conjunto entre PM e Polícia Civil

A prisão dos seis envolvidos se deu a partir de uma informação recebida por uma policial civil, que recebeu informações de que um homem e um comparsa conhecido por “Paizão” tinham sido vistos em Matozinhos, muito assustados, no Onix, de placa pertencente à vítima do latrocínio, logo após o crime. Um dos dois assaltantes teria comentado que eles teriam matado uma pessoa. Não falaram sobre o carro roubado.

As polícias Civil e Militar passaram a trabalhar em conjunto em busca dos suspeitos. O homem de 18 anos foi localizado em casa. Ele foi preso e levado à delegacia. Com a prisão dele, veio a informação de que seu comparsa no crime teria fugido para Curvelo num Fiat Uno e que tinha recebido ajuda da namorada.

A mulher já é conhecida nos meios policiais por auxiliar criminosos a fugir e a se esconder, aproveitando a profissão de também ser motorista de aplicativo, o que era usado como álibi.

A partir daí foi montada uma operação com as participações de policiais militares de Sete Lagoas e Curvelo, com o fugitivo sendo encontrado e preso. Ele estava num sítio, que pertence à mãe de sua namorada, juntamente com outras quatro pessoas. No local foram encontradas porções de maconha, uma balança de precisão, uma arma de fogo e munições de diversos calibres.

Os seis integrantes são suspeitos de integrarem uma quadrilha responsável por uma série de assaltos na região de Pedro Leopoldo, Belo Horizonte e Betim.

Segundo o delegado Cláudio, todos os suspeitos tinham várias passagens pela polícia, por tráfico de drogas e roubos, inclusive o menor de idade.

 

 

 

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