Conhecida nacionalmente após o episódio em que, aos gritos, exigiu ser chamada de “excelência” por uma testemunha, a juíza catarinense Kismara Brustolin atua como substituta na Vara de Trabalho de Xanxerê. Na função, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a magistrada recebe R$ 37.496,49 por mês.
Em outubro, o salário ultrapassou os R$ 60 mil (isso acontece por causa de benefícios pontuais e férias). As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Natural de Caxambu do Sul, em Santa Catarina, Kismara foi servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região por 8 anos e meio. Também trabalhou como técnica e analista Judiciário, atuando nas Varas do Trabalho de São Miguel do Oeste, Xanxerê, 1ª de Criciúma e no gabinete da juíza Lígia Maria Teixeira Gouvêa.
O CASO
No vídeo que vazou na internet, Kismara Brustolin interrompe o depoimento e se dirige ao homem que era ouvido: “Eu chamei a sua atenção, o senhor tem que responder assim: ‘O que a senhora deseja, excelência?'”. Brustolin ainda chama o rapaz que estava sendo ouvido de “bocudo” . A audiência aconteceu no dia 13 de novembro.
A testemunha fica em silêncio por alguns segundos e diz não entender a situação. A juíza insiste e exige, aos gritos, ser chamada de excelência: “repete, repete” (veja aqui).
A magistrada decide desconsiderar o depoimento da testemunha, que havia sido levada pela empresa envolvida no processo, por não cumprir “com urbanidade e educação”.
Ela está afastada da função e será investigada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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