São Paulo — A Justiça paulista decretou, na noite desta sexta-feira (10/11), a prisão de Pedro Henrique dos Santos Vasconcelos (no banco do carona, na foto em destaque), 18 anos, mais conhecido como “Urso”. Ele é suspeito de invadir e roubar a casa dos pais da influenciadora digital Bruna Biancardi, na madrugada de terça-feira (7/11), em um condomínio de alto padrão na cidade de Cotia, na Grande São Paulo.
Pedro Henrique e outro criminoso, ainda não identificado, fugiram após o assalto, durante o qual fizeram perguntas sobre onde estariam Bruna e Mavie — filha da influenciadora com o jogador Neymar.
Com a decisão judicial, Pedro Henrique agora é considerado foragido. Até a mais recente atualização desta reportagem, ele não havia sido preso.
Urso e o comparsa agiram em parceria com Eduardo Seganfredo Vasconcelos, 19, que mora no mesmo condomínio da família de Bruna Biancardi, a 300 metros da casa dos sogros de Neymar. O trio roubou entre R$ 500 mil e R$ 600 mil em joias e itens de luxo, como bolsas avaliadas em R$ 20 mil.
Titular do 2º Departamento de Polícia de Cotia, a delegada Mônica Gamboa afirma que o trio ameaçou, ainda, “jogar óleo nos olhos” da avó de Mavie, durante o assalto.
Segundo a delegada, o casal Telma e Edson Ribeiro foi amarrado e amordaçado, enquanto os criminosos perguntavam por dinheiro no cofre e recolhiam joias e bolsas de marcas de luxo, avaliadas entre R$ 500 mil e R$ 600 mil. Após a fuga dos bandidos, o casal conseguiu chamar a segurança do condomínio.
A delegada afirma não poder descartar que a intenção do trio era sequestrar Bruna Biancardi e a filha dela com Neymar, que não estavam em casa, porque os bandidos perguntaram pelas duas, quando invadiram a residência. Mas, por ora, Mônica Gamboa trabalha o caso como crime patrimonial.
“Ficamos com a linha [de investigação] de que foi um crime patrimonial, contanto com as joias, a venda das joias, para girar dinheiro, para fazer dinheiro”, afirmou a delegada, que ainda vai analisar as mensagens de WhatsApp no celular de Eduardo.
Mônica Gamboa disse ainda que os bandidos estimavam faturar até R$ 1 milhão com o assalto. Segundo ela, o trio é “amigo de fumar baseado e tomar cerveja” e havia consumido maconha antes de entrar no condomínio para assaltar a casa. “Acho que tiveram inspiração depois de fumar um [baseado]. Ficaram inspirados, corajosos e colocaram o plano em prática”, disse.
Para a delegada, a ação dos criminosos foi “amadora”, uma vez que Eduardo foi filmado pelas câmeras de segurança do condomínio entrando com o carro do padrasto para cometer o crime com os dois comparsas.
Primeira prisão Apontado como a pessoa que facilitou a entrada dos criminosos (veja abaixo), Eduardo foi detido pela Guarda Civil Municipal ao tentar fugir a pé do local.
Durante a invasão, o bairro estava sem energia elétrica, assim como boa parte da cidade, reflexo das chuvas que atingiram a Grande São Paulo, na última sexta-feira. Os três criminosos estavam com pelo menos duas armas de fogo.
Segundo a Polícia Civil, os ladrões procuraram dinheiro em um cofre, mas nada foi encontrado. Em seguida, passaram a roubar os objetos de valor que estavam na casa.
Na listagem apresentada à polícia, foram relacionadas três bolsas das marcas Chanel, Louis Vuitton e Dior – cada uma avaliada em aproximadamente R$ 20 mil –, cinco relógios de pulso das marcas Guess, Prada e outras, dois braceletes da marca Cartier, dois pares de brincos Chanel e Louis Vuitton e quatro alianças de ouro.
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