Vídeo de Milei imitando cantor 5 anos atrás viraliza na Argentina

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Todo de preto, com um pano florido cobrindo a cabeça e microfone em mãos, Javier Milei fecha os olhos, solta a voz grave e começa a cantar uma balada romântica. O vídeo é de 2018, quando o economista ainda estava longe de entrar para a política, mas voltou a viralizar depois que ele foi eleito presidente do país.

“Espero que meus alunos não vejam”, brincou o então excêntrico professor de economia da Universidade de Belgrano com o apresentador do programa de entretenimento La Tribuna de Guido, do canal El Trece. Ele interpretou a música “Fuiste Mía un Verano” (Você Foi Minha um Verão), um clássico do argentino Leonardo Favio.

 

Nessa época Milei ainda namorava com a cantora Daniela Mori, que também participou da transmissão imitando Shakira. O casal costumava ir a programas televisivos para falar sobre a prática do sexo tântrico.

Favio foi um cantor, ator, diretor de cinema e roteirista argentino que fez sucesso entre as décadas de 1960 e 1990 e morreu em 2012, aos 74 anos. Ele ficou conhecido pelas baladas românticas e também pelo filme “Crónica de un Niño Solo” (Crônica de um Garoto Sozinho), lançado em 1965 e aclamado pela crítica.

O vídeo de Milei viralizou pela primeira vez quando ele se tornou o candidato à Presidência mais votado nas eleições primárias, em agosto, e agora voltou a ser compartilhado. Internautas não deixaram passar a ironia de Favio ter sido abertamente peronista e publicaram a foto do artista junto ao ex-presidente Juan Domingo Perón.

“Eu não sou um diretor peronista, mas sou um peronista que faz cinema, e isso em algum momento se nota”, afirmou o cantor em uma entrevista concedida em 1993, segundo o canal TN. Em 1999, ele lançou “Perón, Sinfonia de um Sentimento”, um documentário de quase seis horas sobre a história do movimento.

Favio se exilou na Colômbia e no México quando se iniciou a última ditadura militar argentina, em 1976, e só voltou ao país em 1987. Milei, por sua vez, já relativizou a quantidade de mortos e desaparecidos durante o regime, dizendo que “não foram 30 mil”, número que não é oficial, mas que virou um símbolo contra o golpe.

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