Caso Binho Galinha: Empresas de deputado teriam feito declaração falsa à Receita e chamado atenção do Coaf

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A investigação feita pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) sobre o deputado estadual Binho Galinha (PRD), juntamente com outros órgãos, também passou pela análise financeira de alguns locais vinculados ao parlamentar. Apontado como líder de uma suposta organização criminosa em Feira de Santana, Galinha teria realizado declarações falsas à Receita Federal, segundo a investigação. 

 

A reportagem do Bahia Notícias, ao obter com exclusividade a denúncia feita pelo MP, notou que as movimentações financeiras feitas pelas empresas envolvidas no esquema chamaram a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ao não serem comunicadas ao órgão. A investigação do MP apontou “comprovada o dolo de ocultação ou dissimulação em 21 hipóteses criminais de lavagem, a incorrer em concurso de crimes, relativas a cada bem ocultado ou dissimulado”. 

 

Entre os casos apontados pelo MP, está, inclusive, a dissimulação de valores oriundos de infrações penais, para adquirir um terreno no fundo de umas das principais churrascarias de Feira de Santana, a “Los Pampas”. Outro local que supostamente teve “dissimulação de valores” foi a ocultação de uma propriedade no condomínio Palm Garden, no bairro Pedra do Descanso, na Vila Olímpia. 

 

A denúncia também inclui sítios, casas de praia, fazendas, diversos carros e motos, além de outros imóveis. Entre eles, propriedades na Vila Suíça Confort Home e Condomínio Amarilis Residencial, ambos localizados no bairro do Papagaio. Outros imóveis em outros municípios também teriam sido ocultados pela organização, incluindo na cidade de São Sebastião do Passé.  

 

OPERAÇÂO OCORRENDO

O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) é considerado o principal alvo da Operação El Patron, deflagrada no final do ano passado, em Feira de Santana. A ação cumpriu 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. O Ministério Público do Estado (MP-BA) cobrou um valor total de R$ 700 milhões, acrescentando soma correspondente a danos morais cometidos pela suposta organização criminosa. Na época da deflagração da operação, o deputado Binho Galinha emitiu uma nota dizendo que confiava na Justiça e que estava à “disposição para dirimir dúvidas e contribuir quanto a transparência dos fatos”.

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