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JusPod: Advogado Vivaldo Amaral conta que família foi ameaçada durante defesa de Kátia Vargas e relembra “praga” contra filhos

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O Tribunal do Júri da médica Kátia Vargas, que julgou se ela tinha ou não responsabilidade na morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle durante um acidente em Ondina, marcou a história de Salvador. Acusada de duplo homicídio pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), ela foi inocentada pelos jurados em dezembro de 2017, quatro anos após o caso.

 

Na época do acidente, o advogado criminalista Vivaldo Amaral deu início à defesa da oftalmologista, enquanto o promotor Davi Gallo foi o responsável pela acusação. Convidados desta quinta-feira (11) do JusPod – o podcast jurídico do Bahia Notícias -, ambos relembraram detalhes do caso.

 

O advogado contou que não atuou no Júri, porque acabou deixando o caso – segundo Gallo, foi Amaral quem evitou a prisão da médica no primeiro momento, e a acusação só conseguiu a prisão após a saída dele da defesa. Segundo ele, quando assumiu a defesa o caso estava no início, quando havia uma repercussão maior – ou “quentura”, em suas palavras -, e foi a pressão familiar que o levou a não seguir em frente. Na época, ele foi criticado até mesmo em idas ao shopping, e os filhos acabaram sofrendo bullying na escola.

 

“Eu lembro um episódio em que nossa secretária do lar estava no ponto de ônibus, indo pra casa, e chegou lá chorando. Eu perguntei: ‘o que foi, menina?’. ‘Eu estava no ponto de ônibus, as pessoas jogando praga na senhora e no Dr. Vivaldo’ – Eu tenho um casal de filhos – ‘Nem pra ser os dele. Como é que pode advogar pra uma monstra dessa?'”, detalhou, relatando um outro momento em que foi convidado para uma entrevista com a mãe das vítimas. “Na hora eu me chateei, deixei lá e fui embora. E aí pedi uma coletiva”. 

 

Apresentadora do JusPod, Karina Calixto frisou que Vivaldo Amaral disse publicamente, desde o início, que Kátia Vargas seria inocentada. O defensor relatou, contudo, que um dos principais desafios foi que testemunhas oculares do acidente tinham medo de relatar o caso por causa da pressão pública. “As pessoas tinham medo de falar a verdade”.

 

Questionado, Davi Gallo reforçou apenas que hoje não se pode falar que a médica é sequer acusada: “Ela é legalmente inocente. Não cabe a mim sequer tocar nesse assunto. Eu vou fazer o que eu sempre fiz: respeitar o que decidiram os julgadores”. Ainda assim, fez questão de apontar o impacto do processo em todos os envolvidos, independente do resultado: “Ninguém ganha no tribunal do Júri. Todos saem perdendo”.

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