Lula disse que todo mundo precisa ajudar na articulação política, diz Alckmin

Publicado em

spot_img
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrar publicamente maior participação na articulação junto ao Congresso Nacional do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o vice afirmou que a cobrança se referia a todos os integrantes do governo petista.

Para Alckmin, no entanto, as conversas políticas entre os Poderes Executivo e Legislativo são bem feitas pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Como estávamos na primeira fileira, eu e Haddad (sic), ele (Lula) se referiu a nós dois. Mas no fundo, ele estava dizendo que todo mundo precisa ajudar nessa articulação política, que é bem coordenada e bem feita pelo ministro Padilha, doutor Padilha”, disse o vice-presidente em entrevista à rádio Band News FM, nesta segunda-feira, 29.

Ex-governador de São Paulo, Alckmin jogou a responsabilidade para falta de maioria no Congresso na fragmentação partidária. Ele lembrou que no governo Franco Montoro (governador de São Paulo entre 1983 e 1987), o MDB governava sozinho. “Eram 84 deputados na Assembleia (Legislativa de São Paulo). Nosso partido, à época, o MDB, o Manda Brasa, elegeu 42. Você governava com um partido e tinha mais 4, 5 na Assembleia. Hoje, dos 513 deputados, os 13 partidos que apoiaram o presidente Lula têm 139 deputados ao todo. Evidente que é muito mais complexo”, disse.

Para o vice de Lula, a fragmentação partidária tende a se reduzir no decorrer dos anos. Isso porque a cláusula de barreira cresce em cada pleito. “Mas o presidente Lula é o homem do diálogo. Quero dar o exemplo aqui da reforma tributária, que é PEC, que demanda maioria qualificada e foi aprovada. Esperada há mais de 30 anos. O caminho é o caminho do diálogo. Com tempo vai melhorar, porque cada eleição vai aumentar a cláusula de desempenho. Acho que todo mundo deve ajudar nessa conversa partidária”, afirmou.

Alckmin ainda citou a importância do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, depois de o ministro Haddad cobrar participação do Congresso no cumprimento da lei. Alckmin citou também a desoneração da folha que, para ele, deveria ser ampla e no primeiro salário.

“A gente deveria começar, depois de aprovada a reforma tributária, o trabalho de desoneração da folha, porque o problema do mundo é emprego e renda. A tecnologia permite você fazer mais com menos gente. No futuro, defendo que se estude, até fiz um estudo, se desonerar todo primeiro salário custa R$ 110 bilhões. Eu preciso de 1% do PIB, desonerei 1% da folha. Sempre tenho de compensar. Acho que o cumprimento da Lei de Responsabilidade é dever de todos nós”, disse.

Leia Também: Lula é multado em R$ 250 mil pelo TSE por impulsionar vídeo contra Bolsonaro

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Vettel organiza homenagem a Senna no Circuito de Ímola, onde piloto sofreu acidente fatal em 1994

As homenagens ao piloto Ayrton Senna no ano em que sua morte completa três décadas continuam. Nesta quinta-feira (16), o ídolo brasileiro foi lembrado por uma corrida “de rua” realizada na própria pista do autódromo e organizada por Sebastian Vettel no Circuito de Ímola, traçado onde o tricampeão mundial sofreu o acidente fatal, no GP

TSE retoma na terça-feira julgamento sobre cassação de Moro

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a julgar, nesta quinta-feira (16), os recursos do PT e PL que pedem a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, por abuso do poder econômico e outros crimes eleitorais na pré-campanha das eleições de 2022. Nesta quinta, o relator do

Dorival pode chamar mais três jogadores para integrar seleção brasileira na Copa América

A Conmebol anunciou, nesta quinta-feira (16), que o limite de inscrições para a Copa América subiu de 23 para 26 jogadores, portanto o técnico Dorival Júnior pode fazer mais três convocações para a seleção brasileira. Incluir novos nomes, contudo, não é obrigatório, e a decisão fica a cargo de cada comissão técnica participante do torneio