Psiquiatra, ida para o banco e apoio externo: entenda a situação de Cássio no Corinthians

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O goleiro Cássio é, para muitos, o maior jogador da história do Corinthians. Onze dos seus 36 anos foram dedicados ao clube do Parque São Jorge, onde ganhou nove títulos — entre eles a Libertadores e o Mundial de Clubes, sendo protagonista em ambos — e se tornou o segundo atleta com mais jogos em preto e branco — com 712 partidas, está a 94 de igualar o ex-lateral-esquerdo Wladimir. Apesar da idolatria, o Gigante está vivendo seus piores momentos desde que chegou ao clube, no final de 2011. Se o último ano não foi dos melhores, a temporada 2024 é considerada tenebrosa, com seguidas falhas, que abalaram a confiança da torcida. O que era impensável se tornou realidade: Cássio passou a ser xingado pela Fiel, o que o fez desabafar após a derrota para o Argentinos Juniors, na última terça-feira (23), pela Sul-Americana. “A cobrança faz parte, mas acho que, quando passa dos limites e falta com respeito… Saíram muitos jogadores, eu sou um dos mais velhos e sabia que a cobrança seria grande. Eu errei em alguns gols, errei, sim. Mas parece que tudo de errado é minha culpa. Eu sou o culpado de tudo, de não fazer gol… Talvez seja melhor eu sair e seguir meu caminho”, disparou o camisa 12.

Além de “vomitar” tudo o que estava entalado, o goleiro revelou que está visitando um psicólogo e um psiquiatra, tamanho o seu abalo mental. Preocupada e pega desprevenida com a entrevista, a diretoria corintiana quer conversar com o capitão do time para saber como pode ajudar. Uma ideia discutida com a comissão técnica é colocá-lo no banco de reservas para preservá-lo, além de dar chances a Carlos Miguel. Há em boa parte da torcida a sensação de que o suplente de 25 anos está preparado para assumir a meta alvinegra. O português António Oliveira terá até domingo, data do jogo contra o Fluminense, pela quarta rodada do Brasileirão, se manterá Cássio como titular.

Enquanto experimenta o dissabor de ser maltratado por quem um dia o reverenciou, Cássio ganha apoio púbico dos colegas de profissão. O último foi o ex-jogador Diego Ribas, que encerrou a carreira em 2022. “Será que chegou a hora de Cássio deixar o Corinthians? Depois da derrota para o Argentinos Juniors, o goleiro com 12 anos de Corinthians, mais de 700 jogos, nove títulos, desabafou. Demonstrou um cansaço, principalmente mental, e como é compreensível. Eu me identifico com algumas falas quando ele diz: ‘Parece que tudo é culpa minha’. Dos quase 300 jogos que fiz com a camisa do Flamengo, seis anos e meio, tinha alguns momentos que eu sentia exatamente o mesmo. E é impressionante quando você cumpre o teu papel de liderança com excelência, com coragem, com resiliência, suportando todas as frustrações do processo, aquilo é visto por parte das pessoas como uma afronta. E aquilo que deveria ser respeitado é usado contra você. Aí vem análises rasas: ‘Ele tem que ir embora’, ‘Está velho’, ‘Estou enjoado da cara dele’. E isso vejo que acontece algumas vezes com o Cássio. Saiba que esses mais de 700 jogos e nove títulos foram conquistados, não dados”, discursou o ex-flamenguista. O vídeo no Instagram foi compartilhado por Fagner, companheiro do goleiro no Corinthians.

Veja o vídeo de Diego Ribas em apoio a Cássio

 

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Uma publicação compartilhada por Diego Ribas da Cunha (@diegoribas10)

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