Pai de Joel se emociona durante júri de PMs acusados pelo crime e pede justiça; confira depoimento

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O capoeirista Joel Castro, pai do menino Joel, morto durante uma operação policial no Nordeste de Amaralina, se emocionou durante o julgamento que analisa o crime nesta segunda-feira (6). Conhecido também como “Ninha”, ele foi a 4ª testemunha de acusação no júri popular realizado no Tribunal do Júri, no Fórum Ruy Barbosa.

 

Bastante emocionado, o pai da vítima relembrou o dia em que o crime aconteceu. Ele disse ter escutado muitos tiros e que o garoto foi baleado neste momento. 

 

“Terminou o culto e aí fui pra casa, liguei a televisão e cochilei. Uma chuva de tiro, muito tiro. ‘Pai, isso aí é tiro pai’. Eu disse: ‘Deixa lá e vamos dormir’, disse o capoeirista. 

 

Após a conversa, o garoto caiu no chão ao ser atingido pelos disparos. Ninha informou que a sequência de disparos assustou todos os moradores da localidade e não conseguiu ajuda para socorrer a criança.

 

“Foi tanto tiro que a comunidade não abria a porta. Eu gritei: ‘socorro, gente. Mataram meu filho.” 

 

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Ele alegou também que os PMs não ajudaram no socorro ao garoto e que os agentes apontaram uma arma contra ele. “Nenhum policial ficou para prestar socorro.” 

 

Ele apontou também que os agentes disseram na ocasião: “Ligam para polícia e depois ficam aí reclamando. O tiro veio de lá” 

 

O capoeirista comunicou que a delegacia do Nordeste estava fechada na noite do crime e ele foi para a dos Barris, de lá ele foi encaminhado para outra delegacia no bairro de Brotas. O pai de Joel indicou que os PMs seguiram o carro em que ele estava até a Derca. 

 

No entanto,ele não soube confirmar se são os mesmos PMs envolvidos no crime. Por fim, no depoimento, o capoeirista contou que na noite do crime não houve notícias, informando prisão de suspeitos ou apreensão de armas ou drogas. 

 

Após ser uma das testemunhas, o pai do garoto afirmou em entrevista à imprensa que tem a esperança de que os acusados sejam punidos pelo homicídio. 

 

“O que nós falamos ali é tudo sinceridade. A testemunha é da gente. E os deles, eu não sei qual é a defesa deles. Eu só sei que eu tenho a fé de Deus, que essa imprudência deles, vão ter que pagar pelo o ato que eles fizeram. […] É uma mensagem que a gente diz à comunidade e ao mesmo tempo consola um pouco o coração da gente, da nossa família, pois ainda sofremos com isso e vai sofrer”, observou. 

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