Disputa pela herança: Relembre o caso do vencedor da Mega-Sena que foi assassinado
Renê Senna, um lavrador que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena em julho de 2005, foi morto a tiros quase dois anos depois enquanto conversava com amigos na porta de um bar em Rio Bonito (RJ), cidade onde vivia. As autoridades apontaram a viúva, Adriana Almeida, como a mandante do crime, alegadamente motivada pela herança deixada por Renê.
Em Rio Bonito, Adriana, que trabalha como cabeleireira, conheceu Renê em uma festa de Natal na casa que ele comprou em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Durante a festa, os dois se aproximaram e começaram a namorar.




Renê Senna ganhou a Mega-Sena em 2005. Dois anos depois, acabou morto no Rio de Janeiro e a viúva foi considerada a principal suspeita. Em novembro de 2021, a Justiça determinou que metade do prêmio, de R$ 43 milhões, fosse
No município de Rio Bonito, Renê retornou à sua cidade natal, onde acabou se casando com Adriana. Antes de falecer, o ganhador da Mega-Sena redigiu quatro testamentos distintos. Adriana foi sentenciada a uma pena de 20 anos de prisão por ordenar o assassinato de Renê ao descobrir que seria excluída da partilha de bens devido a uma traição.
A partilha de bens favorecia o lavrador com metade da fortuna, que hoje está avaliada em mais de R$ 100 milhões, fruto de investimentos realizados enquanto estava vivo. A outra metade seria destinada à filha de Renê, Renata Almeida Senna. No entanto, a divisão proposta entre oito irmãos e um sobrinho de Renê foi negada pela Justiça.
A herança estava destinada a ser dividida entre a filha e os irmãos do falecido, mas a 1ª Vara Cível de Rio Bonito rejeitou um pedido de efeito repristinatório apresentado pelos irmãos na terça-feira (30/7). Um terceiro testamento, datado de 9 de outubro de 2006, determinava que a companheira de Renê, Adriana Ferreira Almeida Nascimento, teria direito a usufruir de 50% da herança, deixando o restante para Renata. Contudo, com a condenação de Adriana como mandante do assassinato, ela acabou sendo deserdada.
Adriana foi considerada responsável e apontada como a pessoa que ordenou a morte de Renê, o que resultou na sua exclusão como beneficiária da herança por decisão judicial. Posteriormente, os irmãos e o sobrinho de Senna também foram impedidos de receber a herança. O advogado responsável pelo caso planeja recorrer da decisão.
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