Nesta terça-feira (20/8), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) irá realizar o julgamento da juíza Ana Cristina Paz Neri Vignola, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A magistrada é alvo de um processo disciplinar devido a publicações nas redes sociais, onde proferiu ofensas a Lula e atacou nordestinos. Durante as eleições presidenciais de 2022, ela compartilhou conteúdos racistas, homofóbicos e favoráveis a Bolsonaro.
No ano passado, o CNJ decidiu, de forma unânime, instaurar uma investigação contra a juíza. No relatório apresentado, o corregedor-nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, apontou que as publicações de Vignola eram claramente de teor político-partidário, preconceituoso e potencialmente criminoso.
Abaixo, veja algumas das publicações feitas pela magistrada:
O corregedor declarou que, ao examinar a situação preliminarmente, a juíza não agiu com a devida prudência e ultrapassou os limites de sua liberdade de expressão ao compartilhar em suas redes sociais uma mensagem claramente enviesada politicamente, preconceituosa e com indícios de racismo, xenofobia e homofobia em postagens frequentes e numerosas. Ele acrescentou que o conteúdo era bastante esclarecedor.
De acordo com o corregedor, a juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo utilizou linguagem vulgar, atacou ministros do Supremo Tribunal Federal e o ex-presidente Lula, que havia vencido Bolsonaro nas eleições naquela época. Em sua defesa perante o Conselho Nacional de Justiça, a juíza alegou ter agido por “convicção pessoal”.
“A situação também é complicada para Bolsonaro, ele foi para a Bahia dizendo que criaria um milhão de empregos. […] Assustou aquelas pessoas que preferem viver de programas assistenciais e que votam no PT! Quero manter distância desses preguiçosos!!!!”, escreveu a juíza, que ainda classificou Lula como “bandido” e “ladrão”.
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