Boicote ao Carrefour: você paga pelo protecionismo e pela patriotada

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Franceses e brasileiros estão em desacordo sobre o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, especialmente em relação à importação de carne sul-americana. O Carrefour entrou nessa briga complicada.

Os agricultores franceses acreditam que a concorrência será injusta devido às normas sanitárias e ambientais impostas pela UE, o que encarece a carne produzida na França. Enquanto os sul-americanos não precisam seguir essas regras, tornando-os mais competitivos, os franceses reclamam que a carne deles é mais segura para a saúde e o meio ambiente.

Pressionado, o presidente Macron disse que a França não assinará o acordo. O Carrefour também decidiu não vender carne do Mercosul em solidariedade aos agricultores franceses. Outro grupo varejista, Les Mousquetaires, aderiu ao boicote.

Os agricultores franceses, fortemente subsidiados pelo governo, protestam com frequência. Já houve casos de estradas bloqueadas, prédios públicos invadidos e até supermercados vandalizados por eles.

Em resposta ao Carrefour na França, os frigoríficos brasileiros boicotaram o Carrefour brasileiro, e a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de São Paulo convocou um boicote nos estabelecimentos. O ministro da Agricultura brasileiro também apoia o boicote.

O boicote afetará milhões de consumidores e poderá resultar em preços mais altos e escassez de carne nos supermercados. Protecionismo e patriotismo podem acabar prejudicando quem paga a conta no final.

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