
Uma menina brasileira chamada Liliane, que cruzou a selva de Darién, passou um ano em um abrigo no Panamá e agora foi repatriada com a ajuda do Ministério das Relações Exteriores. Com dois anos e dois meses de idade, ela será acolhida em uma unidade do Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) em São Paulo. Liliane e sua mãe, Sandra Mônica, tentaram atravessar a selva de Darién juntas, mas infelizmente a mãe não sobreviveu à jornada.
O suposto pai de Liliane, Balduíno Mendes Maka, está buscando uma maneira de viajar ao Brasil para reencontrar a filha. Apesar de não constar na certidão de nascimento da criança, que foi registrada em São Paulo, ele mantinha contato frequente com Sandra até a data de 22 de dezembro de 2023, quando a comunicação foi interrompida. Sandra havia imigrado para o Brasil grávida, em busca de melhores oportunidades.
As circunstâncias da morte de Sandra ainda não foram esclarecidas. Liliane chegou sozinha ao Panamá, com outros imigrantes que informaram sobre o falecimento da mãe. Balduíno teve um pedido de visto negado e agora enfrenta o desafio de comprovar a paternidade, o que pode ser feito por meio de um exame de DNA. No entanto, ele relata que nenhuma clínica em Luanda aceita realizar o teste à distância.
A travessia pela selva de Darién tem diminuído devido às políticas rigorosas do governo panamenho. Aproximadamente 286 mil imigrantes passaram por essa rota perigosa este ano. Nos últimos seis anos, cerca de 17 mil crianças brasileiras também fizeram essa jornada em busca de melhores condições nos Estados Unidos.
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