Militares indiciados por golpe foram indenizados em mais de R$ 2 mi após Bolsonaro mudar regras

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Entre 2020 e 2023, sete militares de alta patente, agora indiciados por suposta tentativa de golpe de Estado, receberam mais de R$ 2,2 milhões em verbas indenizatórias em seus vencimentos nas Forças Armadas. A maior parte desses pagamentos foi feita quando passaram para a reserva, conforme dados disponíveis no Portal da Transparência. Os valores acima do teto constitucional foram possibilitados por decisões que beneficiaram militares e servidores da área da segurança pública, promovidas durante o governo de Jair Bolsonaro.

Dentre os militares indiciados, o comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter), Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, lidera a lista de maiores indenizações, tendo recebido R$ 381,4 mil em novembro de 2023 ao passar para a reserva. Em segundo lugar, o coronel de Infantaria Cleverson Ney Magalhães, recebeu R$ 312 mil em indenizações entre 2020 e 2023. O ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva Mário Fernandes, também recebeu indenizações significativas após ser apontado como envolvido em um suposto plano para assassinar autoridades.

Outros militares também foram beneficiados: o ex-ministro Walter Braga Netto recebeu mais de R$ 1,1 milhão em salários e indenizações em 2020, o Almirante Garnier ganhou R$ 265,1 mil em maio de 2021, e o coronel Carlos Giovani Delevati Pasini foi indenizado em R$ 222,6 mil após deixar a ativa. Por fim, o general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa, recebeu R$ 216 mil após ir para a reserva em abril de 2021, e é acusado de pressionar comandantes para aderirem ao plano golpista. As investigações revelam a participação desses militares no alegado golpe de Estado, colocando as tropas à disposição do então presidente da República.

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