Germano Schaffel Nogueira, conhecido como “cara do agro”, citado no relatório da Polícia Federal sobre o golpe, é filho de uma ex-vereadora do MDB no Mato Grosso. O pecuarista foi mencionado em diálogos do general Mario Fernandes, preso por tentar impedir a posse de Lula. Nogueira é sócio em três empresas, incluindo um clube de tiro.
Nogueira reside em Juína, Mato Grosso, cidade vizinha à Castanheira, onde sua mãe, Simone Schaffel Nogueira, exerceu três mandatos na Câmara Municipal, chegando à presidência do legislativo. A ex-vereadora deixou a política em 2020 após a morte do marido, intensificando as visitas aos pais no Espírito Santo.
As investigações da Polícia Federal tiveram início a partir de mensagens encontradas no celular de Fernandes, nas quais discutiam sobre a “Manifestação da Liberdade”, evento organizado por Nogueira em Brasília. Eles se conheceram em um acampamento bolsonarista em frente ao Quartel General do Exército.
Fernandes compareceu ao evento de Nogueira em novembro de 2022, enviando imagens a outros oficiais para divulgação. Em dezembro do mesmo ano, o general fez novo contato com o empresário, pedindo para que ele “mantivesse as ações”.
Em conversa com o tenente-coronel Mauro Cid, Fernandes também mencionou o “pessoal do agro” com quem mantinha contato. O “cara do agro” foi citado por Cid em diálogo com o general Freire Gomes, do Exército.



 
                                    
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