Ao que tudo indica, Daniel Noboa poderia conquistar a reeleição no Equador logo no primeiro turno, segundo as primeiras pesquisas de boca de urna. Com pouco mais de 50% dos votos, Noboa surge como favorito, porém os resultados ainda não são oficiais devido à continuação da apuração. Num cenário político com 16 candidatos, Noboa e Luisa González se destacaram como postulantes competitivos.
As projeções indicam que Noboa teria 50,12% dos votos, enquanto Luisa González ficaria com 42,2%. Esses números, se confirmados, garantiriam a reeleição de Noboa em primeiro turno, respeitando a margem de erro da pesquisa, que é de 2,98%. Para uma vitória imediata, é necessário obter mais de 50% dos votos ou, no mínimo, 40% com uma diferença de dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Um segundo turno, se necessário, está marcado para abril.
Daniel Noboa, conhecido como herdeiro do “império das bananas”, assumiu o governo em 2023 em um mandato tampão, sucedendo Guilherme Lasso. Enfrentando desafios como a criminalidade e episódios de violência, Noboa decretou um conflito interno para combater as gangues, embora posteriormente tenha enfrentado aumento nos índices de homicídios e apagões. Apesar desses pontos negativos, o presidente se mantém como favorito nas pesquisas de opinião.
O contexto eleitoral equatoriano contou com alta participação dos eleitores, atingindo 83% do total de quase 14 milhões de pessoas aptas a votar. Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral, comentou sobre a normalidade do processo eleitoral, marcado pela segurança e ordem nos locais de votação.
O dia da eleição foi marcado por fronteiras fechadas, reforço na segurança com 100 mil agentes em todo o país e o monitoramento de eleitores em algumas províncias. Apesar de alertas de possíveis ameaças à democracia, nenhum incidente relevante foi registrado, e a eleição transcorreu tranquilamente, com a presença de observadores nacionais e internacionais.
Em meio a declarações de irregularidades por parte de Luisa González, que apontou a recusa de Noboa em se licenciar da presidência durante a campanha eleitoral como violação da lei e Constituição, o clima pós-eleitoral no Equador permanece agitado. A postura de transparência no processo eleitoral foi ressaltada pela presidente do CNE, evidenciando o respeito aos votos depositados nas urnas e diferenciando o cenário equatoriano de outros países da região.

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