Alemanha: conservadores conquistam a vitória e extrema-direita tem o melhor desempenho desde a 2ª Guerra Mundial
O partido conservador União Democrata Cristã (CDU) saiu vitorioso nas eleições na Alemanha, realizadas no último domingo (23/2). O pleito também marcou a ascensão mais significativa da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Os alemães foram às urnas já prevendo uma vitória confortável dos conservadores, bem como o crescimento acentuado da extrema-direita. A CDU, em coalizão com a União Social Cristã (CSU), foi declarada vencedora, com uma projeção de 29% dos votos, de acordo com a boca de urna.
Embora o resultado oficial ainda não tenha sido divulgado, a vitória dos conservadores é incontestável. A questão agora é quem será o próximo chanceler. É certo que Olaf Scholz, cujo governo estava sob grande pressão, não permanecerá no cargo. Tudo indica que Friedrich Merz, líder conservador, será o próximo chanceler.
Nova configuração
Merz ainda não foi oficialmente confirmado como chanceler, pois, no sistema parlamentarista alemão, o partido vencedor deve assegurar apoio suficiente para formar governo, garantindo a maioria entre as 630 cadeiras do Bundestag, o parlamento alemão.
Apesar disso, Merz já recebeu felicitações de líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.
O grande destaque das eleições, no entanto, foi o notável crescimento do partido de extrema-direita AfD, que obteve seu melhor resultado desde a Segunda Guerra Mundial. Isso consolidou a AfD como a segunda maior força política do país, garantindo-lhe uma representação significativa no parlamento.
Por outro lado, o Partido Social-Democrata (SPD), liderado por Scholz, sofreu uma de suas maiores derrotas na história, terminando em terceiro lugar. Em 2021, os democratas venceram com quase dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado. O desgaste do governo Scholz era evidente: no ano passado, a aprovação do governo estava em apenas 14%.
As eleições foram antecipadas após o colapso da coalizão de três partidos que sustentava o governo de Scholz, em novembro de 2024.
Facebook Comments