São Paulo — Três detentos estão sendo acusados de um homicídio violento em uma penitenciária de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. O crime, que resultou na morte de Anderson da Silva, conhecido como “Carro Roubado”, teria sido motivado por uma ordem de uma facção carioca rival do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ladson dos Santos Pereira, apelidado de “Zoio de Gato”, Sandro dos Santos, conhecido como “Pesadelo”, e Diogo Batista da Silva Claudiano, o “Corintiano”, aguardam julgamento pelo assassinato de Silva, que foi brutalmente perfurado e teve seus órgãos retirados, supostamente como punição por delatar um furto de chocolate cometido por Corintiano.
O trio teria atribuído o crime a uma ordem da facção Amigos dos Amigos (ADA), que atua no Rio de Janeiro. No entanto, a promotoria local discorda dessa versão, considerando o homicídio como resultado de uma briga interna na prisão.
Os acusados alegam que o assassinato foi encomendado pelos líderes da facção na prisão, “Cabelo” e “Ageu”, sendo que apenas Ladson dos Santos Pereira admitiu a autoria do crime. Segundo seu relato, a ordem de matar teria sido inicialmente direcionada a outro preso, mas ele assumiu a responsabilidade.
Um dos réus, Sandro dos Santos, conhecido como Pesadelo, descreveu a recusa de outro detento em cumprir a ordem, o que teria desencadeado o ato violento em que Carro Roubado foi morto. Enquanto Corintiano nega envolvimento direto no assassinato, ele corrobora a narrativa dos colegas sobre a ordem da facção ADA.
O Ministério Público destaca que a brutalidade do crime foi motivada por questões banais, como um furto de chocolate cometido por Corintiano. O promotor responsável pelo caso ressaltou a falta de comprovação sobre a alegada ordem da facção para o assassinato e a pressão exercida sobre testemunhas para corroborarem com essa versão.
Questões sobre a presença de facções rivais na penitenciária mencionada foram levantadas, mas não obteve retorno das autoridades até o momento.
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