Coreia do Norte Prioriza Criação de Coelhos para Apoiar Exército
Recentemente, o governo da Coreia do Norte emitiu uma diretiva exigindo que as escolas aumentem a produção de coelhos para fornecer carne e peles ao Exército. Essa iniciativa surge em um momento estratégico, próximo ao aniversário das Forças Armadas do país. Sob forte pressão para cumprir as metas estabelecidas, as escolas enfrentam inspeções rigorosas, e aqueles que não atendem às exigências estão sujeitos a punições.
Cada instituição de ensino deve criar, no mínimo, mil coelhos, com instrutores da liga juvenil supervisionando o processo. Aqueles que não alcançam as metas enfrentam advertências ou até mesmo afastamento de suas funções. Parte dos coelhos produzidos será destinada às unidades militares, caracterizando o apoio logístico ao Exército.
Na província de Hamgyong do Sul, as escolas foram instruídas a entregar 300 coelhos reprodutores até o final da semana. Os alunos estão encarregados de coletar grama para alimentar os animais, sendo a maior parte da produção direcionada ao governo. Curiosamente, muitos estudantes envolvidos nesse processo nunca têm acesso à carne dos coelhos que ajudaram a criar.
Embora a criação de coelhos seja incentivada na Coreia do Norte desde os anos 1970, esta é a primeira vez que as escolas são formalmente inspecionadas para garantir o cumprimento das metas. Além disso, há relatos de desvio de coelhos por autoridades locais, levantando questões sobre a transparência e eficácia do programa.
Educadores manifestam descontentamento com essa política, argumentando que as escolas deveriam focar na educação, não no fornecimento de recursos militares. A pressão crescente sobre as instituições de ensino reflete um contexto cada vez mais militarizado, no qual desempenham um papel adicional.
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