Putin propõe nova rodada de negociações com a Ucrânia, mas evita aceitar cessar-fogo exigido por europeus e EUA

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou neste domingo (10) uma proposta para retomar as negociações diretas com a Ucrânia em Istambul, a partir de 15 de maio. Contudo, ele não respondeu ao pedido de cessar-fogo incondicional de 30 dias solicitado por líderes europeus e pelos EUA. Este ultimato foi formulado durante a visita a Kiev dos líderes da Alemanha, França, Polônia e Reino Unido, que se reuniram com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com apoio do presidente norte-americano, Donald Trump.

Os líderes ocidentais advertiram que, caso a Rússia rejeite ou viole o cessar-fogo, novas sanções econômicas coordenadas seriam aplicadas. Em sua declaração, Putin não abordou o ultimato e focou na proposta de retomar as conversas interrompidas em 2022 “sem condições prévias”. Ele mencionou a intenção de contatar o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, para facilitar os encontros.

Putin afirmou: “Proponho iniciar as conversações em Istambul, no dia 15 de maio. Durante essas negociações, poderemos chegar a um novo tipo de cessar-fogo”. Além disso, criticou a “retórica antirrussa” dos europeus e a pressão através de “ultimatos”. O Kremlin argumenta que as causas do conflito incluem a expansão da Otan e o apoio ocidental à Ucrânia.

Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, reiterou que “é inútil pressionar Moscou” e que um cessar-fogo só será considerado caso cessem os envios de armas para Kiev. Ele observou que uma trégua, nas condições atuais, beneficiaria a Ucrânia. Apesar da declaração unilateral de uma trégua de três dias por parte da Rússia, a Ucrânia acusou Moscou de violar o acordo na linha de frente, embora não tenham sido registrados novos ataques russos em dias recentes.

O chanceler ucraniano, Andrii Sibiga, afirmou que um cessar-fogo total poderia facilitar as negociações de paz. Ele também destacou que Zelensky e os líderes europeus tiveram um diálogo “frutífero” com Trump sobre o assunto. A visita dos líderes europeus a Kiev foi um gesto simbólico em resposta às comemorações em Moscou pelo 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, que contou com a presença de líderes como Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping.

A guerra entre Rússia e Ucrânia é considerada o maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, resultando em dezenas de milhares de mortes de ambos os lados. O que você pensa sobre a proposta de Putin? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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