Quem é Tuta, preso na Bolívia e acusado de lavar R$ 1 bi para o PCC

Publicado:

Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, foi detido em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, nesta sexta-feira (16/5), por uso de documento falso e ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Sua prisão resulta de uma operação conjunta da Polícia Federal e da Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen (FELCC). Ele estava foragido desde 2020 e constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol, aguardando confirmação de identidade para possível extradição.

Tuta era alvo da Operação Sharks, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), e foi condenado a 12 anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa. As investigações indicam que ele atuou como operador financeiro do PCC, movimentando cerca de R$ 1 bilhão proveniente do tráfico internacional de drogas.

galeria tuta 4

galeria tuta 4

1 de 7

Tuta trabalhou como adido entre 2018 e 2019, com salário de R$ 10 mil

Reprodução/X

galeria tuta 2

2 de 7

Investigadores acreditam que Tuta possa ter sido morto após PCC identificar desvio de dinheiro

Reprodução/X

galeria tuta 1

3 de 7

Tuta é oficialmente considerado foragido

Reprodução/X

tuta pcc lavagem dinheiro luxo 1

4 de 7

Tuta (à esquerda) exerceu cargo de adido no Consulado de Moçambique

Reprodução/MPSP

tuta pcc lavagem dinheiro luxo 2

5 de 7

Tuta levava vida de luxo, segundo investigação

Reprodução/MPSP

tuta pcc lavagem dinheiro luxo 4

6 de 7

Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, já foi considerado número 1 do PCC nas ruas

Reprodução/MPSP

tuta pcc lavagem dinheiro luxo 3

7 de 7

Tuta fazia voos em jatinhos

Reprodução/MPSP

Em depoimentos colhidos pelo MPSP, há menção ao pagamento de R$ 5 milhões a policiais da Rota, unidade da Polícia Militar de São Paulo, para obter informações privilegiadas que possibilitaram a fuga de Tuta durante a execução de mandados de prisão.

Antes de ser identificado como liderança do PCC, Tuta atuou como adido comercial no Consulado de Moçambique entre 2018 e 2019, recebendo salário e trabalhando com intercâmbio econômico. Seu vínculo foi encerrado após seu nome surgir em processos relacionados à lavagem de dinheiro.

Ele perdeu influência dentro da facção em 2022, acusado de decisões unilaterais e enriquecimento próprio. Rumores sobre um possível sequestro e execução por parte do “tribunal do crime” do PCC surgiram, mas seu paradeiro só foi confirmado após a prisão.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Ex-chefe do INSS de Lula, Stefanutto teve movimentação incompatível com renda, diz Coaf

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicou que Alessandro Antônio Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),...

TSE rejeita recurso de ex-dirigentes e mantém intervenção do Novo na Bahia

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não acatar o mandado de segurança de ex-dirigentes do Partido Novo na Bahia, que buscavam reverter a...

Saiba quem são os irmãos que sugaram petróleo e enriqueceram no Rio

Marcio e Mauro Pereira Gabry são rostos conhecidos na Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Considerados chefes de uma quadrilha envolvida...