Tarcísio quer acelerar a liberação de emendas a deputados em ano eleitoral

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) propôs novas regras para agilizar o repasse de emendas parlamentares em São Paulo durante o ano eleitoral de 2026. O projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) enviado à Alesp sugere que os deputados indiquem, já na elaboração da Lei Orçamentária, os beneficiários de suas emendas, incluindo o CNPJ e o órgão responsável pela despesa.

Anteriormente, essa indicação só era feita após a aprovação do Orçamento, criando atrasos que geram reclamações entre deputados. As emendas parlamentares financiam obras e serviços em redutos eleitorais, proporcionando uma vantagem competitiva a parlamentares em campanhas. Para 2025, cada deputado terá acesso a cerca de R$ 12,6 milhões.

Embora o texto não especifique os valores para 2026, estima-se que as emendas impositivas recebam cerca de R$ 1,26 bilhão, próximo dos R$ 1,19 bilhão de 2025, conforme a receita corrente líquida prevista. Até abril deste ano, apenas 2% das emendas tinham sido pagas, resultando em reclamações sobre a lentidão do processo.

A líder da minoria na Alesp, Thainara Faria (PT), criticou a demora, afirmando que as prefeituras dependem desses recursos. A nova LDO é vista como uma resposta à pressão dos deputados, que buscam celeridade nas liberações, mas a insatisfação permanece. Alguns membros da base governista também se queixam da lentidão, e o líder do governo, Gilmaci Santos (Republicanos), declarou desconhecer a proposta de mudanças.

Além das emendas individuais, os deputados têm R$ 676 milhões em emendas “voluntárias”, que não são obrigatórias e costumam beneficiar a base aliada. No entanto, a liberação deste montante também está aquém das expectativas, com apenas R$ 10 milhões pagos até o começo de maio. O texto da LDO deve ser aprovado até julho, e as alterações propostas por deputados ainda estão sendo analisadas.

Tarcísio, que busca reeleição em 2026, enfrenta pressão para concorrer à Presidência da República, considerando a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). Recentemente, foi revelado que ONGs beneficiadas por emendas de Tarcísio em 2024 não comunicam adequadamente o uso dos recursos, gerando críticas em nível federal, inclusive do ministro Flávio Dino.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Celina Leão sobre ataque na Austrália: “Violência motivada pelo ódio”

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), comentou o ataque registrado em Bondi, Sydney, que deixou 16 mortos e 29 feridos, afirmando...

Filho de empresário de garimpo é preso por suspeita de envolvimento em fuga de Ramagem

A Polícia Federal cumpriu, neste sábado (13), um mandado de prisão em Manaus contra Celso Rodrigo de Mello, filho do empresário do garimpo...

Mulher de Boulos puxa coro de vaias contra Hugo Motta na Paulista

A advogada Natália Szermeta, esposa do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (PSol), puxou vaias contra o presidente da Câmara...