Na Argentina, a devastação causada por inundações forçou quase 3.000 pessoas a deixar suas casas na província de Buenos Aires. A tempestade, que se intensificou até a madrugada do último domingo, afetou fortemente a capital e sua área metropolitana, onde vivem cerca de 15 milhões de habitantes. O governo da província confirmou que, no momento, há 2.938 evacuados distribuídos em 21 municípios.
As autoridades estão ativamente à procura de três desaparecidos: um casal que estava a cavalo na cidade de Rojas e um homem de 78 anos que viajava pela Rota 41. O número de evacuações teve uma leve redução em comparação ao dia anterior, mas a situação continua crítica.
Com a água começando a recuar, os evacuados começam a retornar para suas residências. O governo provincial e nacional iniciaram operações de emergência, mobilizando brigadistas, equipes técnicas e enviando suprimentos essenciais como colchões, cobertores, roupas secas, água e alimentos para as áreas mais afetadas.
O governador Axel Kicillof descreveu o evento climático como “absolutamente extraordinário,” apontando para as mudanças climáticas como um fator fundamental. Ele fez um paralelo com as inundações catastróficas que ocorreram em Bahía Blanca em março, ressaltando que há regiões que nunca enfrentaram situações como essa.
A meteorologista Cindy Fernandez, do Serviço Meteorológico Nacional, alertou que as chuvas deste mês superaram em cinco vezes a média histórica de precipitação de 70 a 80 milímetros para maio. Essa intensidade de chuva ilustra um padrão crescente de eventos climáticos extremos que afetam a região.
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