África do Sul rechaça acusações de Trump sobre ‘genocídio’ contra brancos

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Recentemente, a África do Sul enfrentou um intenso debate em torno das declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que alegou a existência de um “genocídio” contra brancos na região, mencionando que “milhares” de agricultores brancos teriam sido assassinados. Em resposta, Senzo Mchunu, o ministro da Polícia sul-africano, refutou essas afirmações, classificando-as como uma distorção das estatísticas e uma teoria da conspiração “totalmente infundada”.

Durante uma coletiva, Mchunu afirmou que as estatísticas de violência no campo revelam uma realidade diferente: entre janeiro e março de 2025, apenas dois proprietários de fazendas foram mortos, e ambos eram negros. Ele destacou que, em um trimestre específico, das quatro vítimas de ataques em fazendas, apenas um era branco. Isso contrasta com a percepção disseminada por Trump, que expressou suas preocupações durante uma conversa no Salão Oval com o presidente Cyril Ramaphosa.

Os dados apresentados pelo ministro também indicaram uma queda de 12% no número de assassinatos no país em comparação ao ano anterior, com um total de 5.727 homicídios em uma população de mais de 64 milhões. As vítimas são, em sua maioria, homens jovens negros de áreas urbanas, o que revela a complexidade e a gravidade da questão da violência na África do Sul.

Diante de um cenário marcado por desigualdades profundas e uma história conturbada, o governo sul-africano busca desmistificar narrativas enganosas que podem agravar as tensões raciais. As declarações de Trump provocaram um alvoroço, mas, segundo Mchunu, a realidade é mais complexa do que números isolados podem mostrar. É crucial continuar discutindo as questões sociais e econômicas que permeiam o país.

E você, o que pensa sobre essas acusações e a resposta do governo sul-africano? Deixe sua opinião nos comentários!

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