Em um ato de desespero e tragédia, uma jovem de 23 anos foi presa após esfaquear sua filha de apenas 2 anos e 7 meses em Santo Antônio do Descoberto, Goiás. O ataque, que ocorreu no dia 23 de setembro, chocou a comunidade local, especialmente pela brutalidade e circunstâncias envolvidas. Segundo relatos da Polícia Civil de Goiás, após o crime a mulher tentou tirar a própria vida, cortando os pulsos e o pescoço, além de ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos.
Milagrosamente, a menina sobreviveu. Ela foi rapidamente socorrida e encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga, onde, apesar de uma facada profunda, recebeu alta no dia seguinte. A vida da criança foi poupada, mas as seqüelas emocionais podem ser duradouras.
Durante o depoimento à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a jovem revelou que sua ação foi impulsionada por graves ameaças de agiotas, resultado de dívidas acumuladas com apostas online, notadamente no “Jogo do Tigrinho”. Este jogo é conhecido pelo alto índice de perdas entre seus usuários, o que trouxe um fardo insuportável à mãe.
A delegada Nathália Luz relatou que a jovem acreditava que, ao morrer, sua filha poderia ser deixada com familiares que a levariam para longe. “Ela disse que tentou matar a filha para não deixá-la com a família, pois a criança é muito apegada a ela”, contou a delegada, ressaltando a complexidade emocional da situação.
No local do crime, a polícia encontrou não apenas a faca ensanguentada, mas também uma carta de despedida escrita pela jovem, onde ela expressava seu amor e despedida a pais, irmão e amigos. Após receber atendimento médico, a autora do crime foi conduzida à Delegacia de Águas Lindas e, após uma audiência de custódia, teve sua prisão preventiva decretada. A Polícia Civil continua a investigar os detalhes desse caso trágico.
Enquanto isso, a criança está sob os cuidados de familiares, que devem garantir que ela receba o acompanhamento psicológico necessário para enfrentar as consequências dessa experiência horrenda. Este incidente levanta questões importantes sobre as armadilhas do jogo e a necessidade de apoio emocional e financeiro para aqueles que se encontram em situações de vulnerabilidade. O que você pensa sobre este caso? Sua opinião é importante; compartilhe nos comentários!

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