Greve: TJDFT mantém multa de R$ 1 mi e corte de ponto de professores

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decidiu, no último sábado (31/5), manter a multa diária de R$ 1 milhão e o corte de ponto para os professores, caso a categoria inicie greve na próxima segunda-feira (2/6). O recurso apresentado pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) foi negado, gerando um clima de tensão e incerteza entre educadores e autoridades.

A desembargadora Lucimere Maria da Silva, ao analisar o pedido do sindicato, ressaltou que as justificativas apresentadas não foram suficientes para modificar a decisão anterior. Segundo ela, persiste a gravidade da situação que compromete a continuidade da educação básica no Distrito Federal, tornando a multa não apenas necessária, mas proporcional ao problema.

Com o indeferimento do recurso, a Justiça demandou que a Secretaria de Educação do DF informasse imediatamente o sindicato sobre a decisão, além de obrigar a entidade a notificar seus filiados por vias eletrônicas sobre o ocorrido.

Em sua defesa, o Sinpro-DF apontou que a liminar contraria o direito constitucional de greve e desconsidera as condições da educação pública local. O sindicato argumentou ter seguido todos os trâmites legais, incluindo uma assembleia geral e a comunicação prévia ao governo, que foi frustrada por decisões unilaterais.

A Secretaria de Educação do DF, por sua vez, emitiu nota afirmando que representantes da Procuradoria-Geral do DF e do Sinpro-DF discutiram a possibilidade de suspender a greve em troca da reabertura de negociações. Contudo, a proposta caiu por exigências adicionais do sindicato, inviabilizando o acordo.

Entre os avanços citados pela Secretaria nos últimos anos, estão o reajuste salarial de 18% e a incorporação de gratificações ao vencimento básico, além de revisões em benefícios e novos concursos públicos. Entretanto, os educadores solicitam um reajuste ainda maior, de 19,8%, bem como a reestruturação do plano de carreira, incluindo uma redução no tempo necessário para alcançar o topo da tabela salarial.

O clima é de expectativa, pois a paralisação dos professores, caso se concretize, pode impactar significativamente o sistema educacional. O sindicato tem pressionado por mudanças desde o início do ano, mas a falta de uma proposta concreta por parte do governo tem gerado frustração.

Quais são suas opiniões sobre a greve e as reivindicações dos professores? Deixe seus comentários abaixo e compartilhe sua visão sobre o futuro da educação no Distrito Federal.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Celina Leão sobre ataque na Austrália: “Violência motivada pelo ódio”

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), comentou o ataque registrado em Bondi, Sydney, que deixou 16 mortos e 29 feridos, afirmando...

Filho de empresário de garimpo é preso por suspeita de envolvimento em fuga de Ramagem

A Polícia Federal cumpriu, neste sábado (13), um mandado de prisão em Manaus contra Celso Rodrigo de Mello, filho do empresário do garimpo...

Mulher de Boulos puxa coro de vaias contra Hugo Motta na Paulista

A advogada Natália Szermeta, esposa do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (PSol), puxou vaias contra o presidente da Câmara...