Jovem Pan > Notícias > Economia > Haddad anuncia ‘checagem’ no INSS para saber número total de aposentados que não autorizaram descontos

Ministro da Fazenda classificou o caso das fraudes como um escândalo que enojou todo o Brasil e disse que não chegaram a ele informações de que os recursos estariam sendo direcionados a empréstimos consignados

  • Por da Redação
  • 12/05/2025 15h55 – Atualizado em 12/05/2025 15h55

LUCIANO BREW/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Fernando Haddad

Segundo o ministro, o governo sabe o valor dos descontos, mas não quanto do total foi autorizado e quanto é fraude

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma checagem para investigar aposentados que não consentiram com descontos. Ele destacou a necessidade de identificar os valores autênticos e fraudulentos. “Precisamos saber o montante de fraudes que ocorrem”, afirmou Haddad em entrevista ao UOL.

Segundo Haddad, o governo está ciente do valor dos descontos, mas não do total autorizado. “Estabelecemos um procedimento de checagem para definir quem não autorizou e como será o ressarcimento”, informou, destacando a intenção de punir severamente os envolvidos em descontos criminosos.

Ao expressar sua indignação, o ministro considerou a fraude um escândalo nacional. “Acredito que os responsáveis serão punidos exemplarmente”, disse. O caso foi descoberto pela Controladoria-Geral da União (CGU), cujo ministro, Vinícius Marques de Carvalho, bloqueou recursos de associações fraudulentas.

Haddad reforçou que agora é dever da Polícia Federal investigar e recuperar os recursos. “O Estado está agindo contra o crime. A responsabilidade não cabe mais ao governo”, afirmou, demonstrando confiança nas ações da CGU e da Polícia Federal.

Ele também comentou que não há informações sobre desvios de recursos para empréstimos consignados, esclarecendo que tais operações bancárias são realizadas com segurança e há 20 anos não possuem relação com os descontos fraudulentos.

O ministro ressaltou que a substituição de dívidas mais onerosas pelo consignado é uma prática que deve ser monitorada para evitar abusos por instituições financeiras. “Estamos atentos a possíveis assédios aos aposentados”, concluiu.