Moraes notifica Câmara para suspender salário de Carla Zambelli

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Nesta quarta-feira (4/6), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou uma notificação à Câmara dos Deputados, exigindo a suspensão do pagamento do salário da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar está fora do país e teve seu nome incluído na lista de procurados da Interpol, em razão de investigações que a envolvem.

A responsabilidade pela suspensão do pagamento cabe ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que se mantém silencioso sobre o caso. Esta ação é um reflexo das graves acusações que pesam sobre Zambelli. Em 17 de maio, ela foi condenada a dez anos e oito meses de prisão pela Primeira Turma do STF, devido a sua participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um ataque orquestrado com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto.

Com a saída de Zambelli do Brasil, Moraes acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decretou sua prisão preventiva, ampliando a investigação sobre seu comportamento.

Durante sua fuga, Zambelli atravessou a fronteira com a Argentina em Foz do Iguaçu e, após chegar de carro a Buenos Aires, partiu para o exterior, compartilhando sua saída nas redes sociais já estando distante de sua terra natal.

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Carla Zambelli e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que também está fora do país.

Igo Estrela/Metrópoles

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A deputada federal Carla Zambelli foi condenada por sua participação em um esquema de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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Deputada federal Carla Zambelli.

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Ainda como desdobramento desse caso, Moraes determinou a abertura de um novo inquérito para investigar a conduta de Zambelli. A Polícia Federal (PF) deve ouvi-la no prazo de dez dias. Além disso, foi requerido ao Banco Central que encaminhe ao STF detalhes sobre as transações via Pix recebidas pela deputada nos últimos 30 dias.

O ministro também ordenou que a PF monitore as redes sociais de Zambelli, garantindo que postagens relacionadas à investigação sejam preservadas. Assim, os desdobramentos desse caso ainda estão longe de um desfecho definitivo.

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