No centro de um escândalo financeiro que choca o Brasil, Eric Douglas Martins Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, movimentou impressionantes R$ 10,4 milhões em transações suspeitas entre 2023 e 2024. Essas movimentações têm origem em alegações de propina recebida de operadores envolvidos em fraudes contra aposentados, uma trama que vem à tona através de investigações conduzidas pela Polícia Federal e revelações do Metrópoles.
André Fidelis, o ex-diretor demitido em julho do ano passado, desempenhou um papel fundamental no acesso das entidades suspeitas a acordos que permitiam a dedução de mensalidades diretamente da folha de pagamento dos aposentados. Entre 2023 e março de 2024, ele assinou 14 acordos, estabelecendo um elo entre a máfia das fraudes e o INSS.

No epicentro dessa investigação, Eric Fidelis, advogado com uma banca especializada em direito previdenciário, não apenas participou da farra dos descontos indevidos, mas também foi alvo da Operação Sem Desconto, que desmantelou a rede criminosa. Apesar de declarar uma renda mensal de R$ 13,3 mil, sua conta bancária revela uma realidade completamente diferente.
Os dados da Polícia Federal mostram que Eric recebeu R$ 5,1 milhões de intermediários, incluindo Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”. Estranhamente, o advogado fez transferências de volta a seu escritório, totalizando R$ 1,6 milhão, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro e indicando um complexo esquema para ocultar a verdadeira origem dos recursos.

Além disso, Cecília Rodrigues Mota, uma advogada e servidora aposentada, transferiu mais de R$ 520 mil para a banca de Eric. Com movimentações de R$ 14 milhões, ela também é uma figura proeminente nas fraudes que despertaram a atenção da PF. As ligações financeiras entre eles apenas reforçam as suspeitas sobre a extensão da corrupção que estava enraizada no sistema previdenciário.
Os documentos da PF expõem uma trilha financeira repleta de irregularidades, indicando um ciclo vicioso onde dinheiro furtado poderia estar sendo usado para encobrir suas verdadeiras origens. A operação levanta questões não apenas sobre a ética de seus envolvidos, mas também sobre a segurança do sistema de previdência social em um país que luta contra a corrupção endêmica.
“Esse movimento de recursos de volta ao escritório sugere um possível ciclo de lavagem de dinheiro, no qual os valores recebidos podem estar sendo redirecionados para camuflar a verdadeira origem dos recursos”, afirma a PF.
Estamos diante de uma revelação chocante e que exige uma reflexão profunda sobre a integridade das instituições. O que você pensa sobre as fraudes no INSS? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão essencial para a nossa sociedade.
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