O Parlamento do Irã tomou uma decisão impactante ao aprovar, em 25 de junho de 2025, a suspensão da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Esta medida veio após dias de intensos bombardeios das instalações nucleares iranianas, realizados por Israel e Estados Unidos, que culminaram em uma escalada militar sem precedentes. Mohammad Bagher Ghalibaf, presidente do Parlamento, expressou a indignação do país, afirmando que a AIEA havia comprometido sua própria credibilidade ao não condenar os ataques.
Ghalibaf declarou que a Organização de Energia Atômica do Irã não irá cooperar com a AIEA até que a segurança das instalações nucleares seja assegurada. Importante ressaltar que essa decisão ainda precisa do aval do Conselho de Guardiões, órgão responsável por revisar as legislações propostas. Entre os 290 legisladores, 221 apoiaram a medida, enquanto apenas um se absteve, deixando o Parlamento em uníssono sobre essa questão.
A ofensiva israelense começou em 13 de junho, com o objetivo declarado de interromper o suposto desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã, uma alegação que Teerã sempre negou, defendendo seu direito a um programa nuclear civil. Além dos bombardeios, os EUA se juntaram ao ataque, atingindo localidades como Fordo, Natanz e Isfahan, em um ato que marca uma nova era de hostilidade na região.
Com o cessar-fogo frágil anunciado pelo presidente Donald Trump, a situação permanece tensa. Após a votação no Parlamento, os deputados expressaram sua raiva com gritos de “Morte aos Estados Unidos” e “Morte a Israel”, refletindo o clima de indignação que paira sobre a política iraniana neste momento delicado. A crítica à AIEA tem sido recorrente, com autoridades iranianas exigindo mais uma vez um posicionamento claro em defesa de suas instalações nucleares.
Esse desdobramento tem implicações sérias tanto para a política interna iraniana quanto para as relações internacionais, colocando o futuro da cooperação nuclear em um cenário de incerteza. O que você acha que essa decisão pode significar para a estabilidade da região? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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