No coração da turbulência da Faixa de Gaza, mais de 30 nações se unem em uma convocação emergencial, marcada por um chamado à ação. A reunião, organizada pelo Grupo de Haia, acontecerá em Bogotá, na Colômbia, e visa traçar medidas concretas para um conflito que não dá sinais de solução desde outubro de 2023. Com representantes de todos os continentes, o encontro busca romper o silêncio da comunidade internacional diante das atrocidades que já custaram mais de 58 mil vidas, predominantemente de mulheres e crianças.
Enquanto as negociações de um cessar-fogo entre Israel e Hamas estagnam, o Grupo de Haia propõe um enfoque diferente. “Não é sobre criar novos direitos, mas aplicar os existentes,” enfatiza Guillaume Long, conselheiro diplomático do grupo. A urgência é clara: é hora de medidas efetivas, coletivas e coordenadas para interromper o massacre e o genocídio.
As evidências da devastação em Gaza refletem o fracasso das respostas internacionais, limitadas a ações isoladas. A África do Sul já levou o caso à Corte Internacional de Justiça, e a Colômbia cortou relações com Israel, seguindo uma onda crescente de pressão. O presidente colombiano, Gustavo Petro, expressou a urgência do momento: “Se a Palestina morre, a humanidade morre.” Assim, países como Brasil e Namíbia se alinhavam nessa luta pela autodeterminação.
O Grupo de Haia, fundado por nações como África do Sul, Malásia e Colômbia, inspira-se na resistência contra o apartheid. A conferência em Bogotá promete ser um marco não apenas para o Sul Global, mas para o mundo. Embora ainda não inclua formalmente países árabes ou europeus, a presença de diversos representantes de várias partes do globo revela a determinação de transformar indignação em ação concreta.
Entre as medidas sugeridas estão restrições ao fornecimento de armas a Israel, bloqueios de embarcações armadas e apoio a mandados de prisão pelo Tribunal Penal Internacional contra líderes israelenses. A expectativa é que o espírito de unidade gerado na conferência reverberem além dos discursos, concretizando um compromisso com o direito internacional, que clama por justiça e paz.
Enquanto 2,3 milhões de palestinos enfrentam a dura realidade de fome e destruição há mais de 600 dias, a urgência da conferência se intensifica. O futuro do direito internacional e a esperança de uma Palestina livre dependem das decisões que serão tomadas em Bogotá. O que você acha sobre essa mobilização internacional? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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