Deputado quer que PF investigue emendas de parlamentares do DF destinadas a OSC suspeita

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O deputado distrital Chico Vigilante (PT) está em alerta quanto à aplicação de R$ 53 milhões em emendas parlamentares destinadas à Associação Moriá, uma organização da sociedade civil levantada em meio a suspeitas. Ele registrou um vídeo pedindo ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, que a Polícia Federal inicie uma investigação sobre as destinações financeiras de parlamentares do Distrito Federal.

A revelação da coluna Grande Angular, do Metrópoles, expôs a OSC como sendo dirigida por indivíduos sem qualificação técnica, incluindo um motorista e uma esteticista, além de um endereço oficial sem atividade clara. Somente entre 2023 e 2024, recursos significativos foram alocados para essa entidade, com R$ 46 milhões destinados a um projeto gamer.

Entre os responsáveis pelo envio dos valores, destacam-se:

  • Deputado federal Fred Linhares (Republicanos): R$ 27,6 milhões;
  • Senador Izalci Lucas (PL): R$ 15,5 milhões;
  • Deputada federal Bia Kicis (PL): R$ 1,5 milhão;
  • Deputado federal Julio Cesar (Republicanos): R$ 800 mil;
  • Deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania): R$ 500 mil.

Em sua manifestação, Chico Vigilante lamentou a situação das escolas no DF, questionando por que esses recursos não foram dirigidos à melhoria das instituições de ensino, hospitais e unidades de saúde. Ele enfatizou: “É inaceitável que isso ocorra na capital da República”.

Diante do quadro, o deputado pediu uma investigação rigorosa para esclarecer onde esses valores foram aplicados, reforçando sua preocupação ao afirmar: “Polícia Federal, investiguem para saber como é que esse dinheiro foi parar no bolso de alguns”.

Nesta quinta-feira (17/7), Flávio Dino não hesitou em agir. Ele determinou que a Advocacia-Geral da União e as demais advocacias das casas legislativas expliquem os repasses à Associação Moriá, alertando que as irregularidades, caso confirmadas, poderiam barrar o pagamento das emendas parlamentares.
“Os fatos relatados evidenciam novas irregularidades que são incompatíveis com os preceitos constitucionais”, afirmou o ministro em seu despacho.

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