Dólar fecha estável à espera de desenrolar sobre tarifaço de Trump; Ibovespa cai

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O mercado financeiro viveu um dia de tensões, com o dólar apresentando leve queda de 0,06%, encerrando a sessão cotado a R$ 5,5199. Apesar de se distanciar da valorização global do dólar, o real enfrentou uma jornada marcada por volatilidade e liquidez reduzida, especialmente após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizar uma tarifa de 50% para alguns países, incluindo o Brasil. Enquanto isso, analistas permanecem esperançosos quanto a possíveis negociações que podem amenizar os efeitos da medida.

Durante o pregão, o dólar alcançou uma máxima de R$ 5,5391, mas, ao longo do dia, o real conseguiu se valorizar, mesmo em um contexto de alta do petróleo e expectativas de alívio inflacionário com a divulgação do IPCA-15. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a disposição do governo Lula em dialogar, mesmo que as negociações ainda dependam de interlocução.

O Ibovespa também refletiu esse clima de incerteza, registrando uma queda de 1,15%, retornando à marca de 133.807,59 pontos. A sessão foi caracterizada por perdas generalizadas entre as ações, com apenas 16 dos 84 componentes do índice no campo positivo. A pressão recaiu sobre grandes nomes, como WEG, Embraer e Magazine Luiza, enquanto a Vale ON caiu 1,55% após um período de valorização ligado a notícias positivas vindas da China.

O fluxo de capital externo, embora positivo em R$ 21,454 bilhões no acumulado do ano, começou a mostrar sinais de saída, com uma retirada líquida de cerca de R$ 5 bilhões no mês até o dia 22. Haddad informou que o governo já concluiu um plano de contingência para responder às tarifas dos Estados Unidos, que será revisado pelo presidente Lula, com inclusão de diversas medidas, como auxílio a empresas afetadas.

Diante deste cenário complexo, quais são suas expectativas para a economia brasileira e sua resposta às decisões globais? Deixe sua opinião nos comentários!

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