Deputado chama Trump de “persona non grata” e cita impactos do tarifaço na Bahia: “Não é imperador do mundo”

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No retorno dos trabalhos legislativos na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Robinson Almeida (PT) fez uma declaração contundente, apresentando uma moção de repúdio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao chamá-lo de “persona non grata” no estado. Essa medida surge em um momento crítico, quando as tensões comerciais entre Brasil e EUA estão em alta, especialmente com a iminente implementação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Robinson destacou a tentativa de intervenção do governo dos Estados Unidos no processo judicial que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está sob investigação por tentativa de golpe de Estado. Para o deputado, as ações de Trump vão além de questões econômicas; elas representam uma afronta direta à soberania nacional e uma tentativa de intimidar o Brasil através de medidas unilaterais.

“Trump não é imperador do mundo. O Brasil é um país soberano, que expulsou os portugueses da Bahia em 2 de julho de 1823. Nossa essência é de liberdade, democracia e justiça”, afirmou Almeida, evocando os versos do Hino ao 2 de Julho, que rejeitam a tirania e clamam pela dignidade nacional.

Além de criticar Trump, o deputado também se voltou contra a atuação da família Bolsonaro nos Estados Unidos, afirmando que suas ações têm trazido prejuízos diretos à economia da Bahia. De acordo com um recente relatório da Assessoria Econômica do Sistema Faeb/Senar, o estado exportou mais de R$ 302 milhões em produtos agropecuários para os EUA em junho de 2025.

“É inadmissível que o Brasil, um grande contribuinte para a segurança alimentar mundial e para a transição energética, seja atacado com tarifas abusivas. A Bahia, sendo um grande exportador de celulose, frutas e químicos, já começa a sentir os impactos dessa política predatória. Enquanto Trump almeja ser um imperador global, a família Bolsonaro ficará marcada como traidora da pátria, agindo contra os interesses do Brasil e do povo brasileiro”, concluiu o deputado.

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