Preços de alimentos caem em julho pelo segundo mês consecutivo, mostra IBGE

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Os preços dos alimentos no Brasil tiveram uma queda significativa em julho, marcando o segundo mês consecutivo de recuo após uma longa sequência de aumentos. Essa desaceleração é impulsionada por uma maior oferta de produtos, resultado de safras mais produtivas. No entanto, ainda é prematuro atribuir essa melhora aos recentes tarifários impostos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros. Fernando Gonçalves, especialista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ressalta essa cautela nas análises.

Em julho, o grupo Alimentação e Bebidas apresentou uma redução de 0,27%, em contraste com uma pequena queda de 0,18% em junho. Essa diminuição contribuiu com -0,06 ponto percentual na inflação, que registrou uma taxa de 0,26% no mesmo período. A maior queda foi observada nos alimentos consumidos em casa, com uma diminuição de 0,69%, destacando-se produtos como batata-inglesa (-20,27%) e cebola (-13,26%). Além disso, carnes e café também apresentaram recuos.

Apesar da queda nos preços, Gonçalves aponta que a inflação geral teve uma leve aceleração de junho para julho, e os preços dos alimentos ajudaram a moderar outras pressões inflacionárias. É a primeira vez em 18 meses que o café registrou uma diminuição, refletindo uma melhora na oferta desse produto específico. Gonçalves observa que, por enquanto, seria precipitado afirmar que a redução de preços é um reflexo direto das tarifas que começaram a valer recentemente.

O especialista ainda lembra que as reações do mercado a essas tarifas devem ser acompanhadas com atenção. A forma como os produtores lidam com a nova realidade de comércio, seja buscando novos mercados, estocando produtos ou aumentando a oferta interna, terá um papel crucial nas flutuações de preços futuras. O setor de alimentação fora do domicílio, no entanto, apresentou um aumento de 0,87%, com lanches e refeições registrando elevações nos preços.

E você, como tem sentido os reflexos dessas mudanças no seu dia a dia? Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários!

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