O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou nesta terça-feira (16) que a polícia já identificou um dos suspeitos envolvidos na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, assassinado a tiros na Praia Grande. O comunicado foi feito durante o velório do ex-chefe da corporação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Ruy Ferraz Fontes foi alvo de mais de 20 disparos de fuzil em uma emboscada na noite de segunda-feira (15). Ele estava sendo perseguido e acabou capotando o carro, colidindo com um ônibus. Segundo Derrite, o suspeito já tem um histórico criminal, com prisões anteriores por roubo, e as investigações não descartam a possibilidade de ligação com o crime organizado.

“Todos os que participaram desse atentado terrorista contra o doutor Ruy serão severamente punidos”, afirmou o secretário. Fontes, que atuou como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande desde 2023, foi atacado após deixar seu trabalho. O carro em que estavam ele e outros dois passageiros foi atingido por pelo menos 29 tiros.

Duas pessoas que estavam na rua também foram feridas durante o ataque e foram socorridas a hospitais da região. O veículo usado no ataque foi uma Toyota Hilux, que foi encontrada incendiada, além de um Jeep Renegade abandonado, que continha carregadores de armas.

Investigações em andamento

Uma força-tarefa composta por várias instâncias da polícia e do Ministério Público está investigando o caso, considerando duas linhas principais: envolvimento do PCC, uma vez que Fontes era um inimigo histórico da facção, e retaliação de policiais afastados durante sua gestão como delegado-geral, de 2019 a 2022.

As investigações ainda exploram a possibilidade de vingança relacionada à atuação recente do ex-delegado na Prefeitura de Praia Grande.

Despedida

O corpo de Ruy Ferraz Fontes foi levado à Alesp por colegas da Polícia Civil e o velório contou com a presença de familiares, autoridades e dezenas de policiais. O sepultamento está agendado para as 16h desta terça-feira (16) no Cemitério da Paz, localizado no Morumbi, zona sul da capital paulista.

Com mais de 40 anos de carreira, Fontes se destacou no combate ao crime organizado e foi delegado-geral no período de 2019 a 2022, sendo indicado por João Doria, ex-governador do estado.

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