O dólar encerrou nesta terça-feira (16) a quinta sessão consecutiva em queda, fechando a R$ 5,2981, uma desvalorização de 0,44%. Este é o menor preço de fechamento desde 6 de junho de 2024. O movimento ocorre em meio a um enfraquecimento global da moeda norte-americana, mesmo com dados positivos do setor varejista e industrial dos Estados Unidos.
Os investidores ainda apostam que o Federal Reserve deve reduzir a taxa de juros em 0,75 pontos percentuais até o final do ano. O real, que se destacou positivamente entre as moeda emergentes, teve ganhos mais modestos em comparação com outras divisas da América Latina. O euro, por sua vez, alcançou seu nível mais alto em relação ao dólar em quatro anos.
O índice Dollar Index (DXY), que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, caiu mais de 0,60%, atingindo um mínimo de 96,556 pontos. Em setembro, o DXY acumula uma queda superior a 1,20% e quase 11% no ano.
Com base nas expectativas para a Super Quarta, que promete um corte de pelo menos 25 pontos-base nos juros pelo Fed e manutenção da Selic em 15% ao ano, o valor do dólar pode cair ainda mais. O diferencial de juros pode tornar operações de carry trade mais atraentes, o que beneficiaria o real.
No cenário nacional, dados positivos do mercado de trabalho brasileiro indicam que a taxa de desemprego caiu para 5,6%, a menor desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. O Comitê de Política Monetária (Copom) deve aguardar pelo menos até janeiro de 2026 para iniciar cortes na Selic.
O ambiente externo também se mostra mais favorável para os mercados emergentes, com a expectativa de condições financeiras menos restritivas. Essa realidade pode atrair investimentos para o Brasil, ajudando a valorizar a moeda local.
Na reta final do pregão, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi hospitalizado em Brasília, o que provocou uma leve movimentação nos juros futuros. Entretanto, o dólar permaneceu estável, refletindo expectativas do mercado em relação à corrida eleitoral, beneficiando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Bolsa de Valores
Hoje, o Ibovespa também destacou-se ao estabelecer um novo recorde histórico pela primeira vez, superando a marca dos 144 mil pontos. O índice fechou com alta de 0,36%, estabelecendo 144.061,74 pontos após alcançar 144.584,10 pontos durante a sessão. O volume de negócios alcançou R$ 21,5 bilhões. Em setembro, o índice acumula uma valorização de 1,87%, com ganhos de 19,77% no ano.
As ações dos grandes bancos apresentaram um desempenho misto, mas foram suficientes para manter o Ibovespa acima de 144 mil pontos. As ações do Banco do Brasil (+0,55%) e do Santander (+0,24%) fecharam em alta, enquanto Itaú e Bradesco tiveram leves quedas.
Entre as ações de commodities, a Vale (+0,35%) e a Petrobras (+0,25%) tiveram leve valorização, enquanto outras apresentaram pequenas quedas. As principais altas do pregão foram de Marfrig (+5,60%), BRF (+5,28%) e Lojas Renner (+4,19%).
O dia foi marcado por um otimismo geral nos mercados, com os investidores atentos à Super Quarta e os efeitos que as decisões de juros podem ter na economia e nas condições financeiras internas. E você, o que acha das movimentações recentes do dólar e do Ibovespa? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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