O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um apelo aos Estados Unidos para que não utilizem a economia como um mecanismo de guerra ideológica contra o Brasil. Essa declaração vem em meio a tensões diplomáticas crescentes entre os dois países e ressalta a preocupação do governo brasileiro em relação a medidas econômicas atreladas a questões políticas.
Haddad afirmou que um dos objetivos do governo brasileiro é sensibilizar as autoridades americanas para evitar confusões entre política e economia, inclusive em relação a tarifas e uso do dólar.
A posição de Haddad está alinhada com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recentemente publicou um artigo no The New York Times, criticando a tarifa extra de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros. Lula classificou essas tarifas como “equivocadas” e “infundadas” economicamente, sugerindo que a motivação é política, defendendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi julgado e condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Por outro lado, autoridades americanas aumentaram as ameaças de sanções ao Brasil, alegando perseguição política contra Bolsonaro. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que novas medidas podem ser tomadas contra o Brasil em decorrência dessa condenação, criticando a decisão do STF como parte de uma “campanha de opressão judicial”.
Em seu artigo, Lula defendeu a decisão do STF e ressaltou que protege as instituições e o Estado de Direito. Além disso, rebateu alegações de Washington de que a regulação das redes sociais no Brasil visa censurar a liberdade de expressão, afirmando que esses argumentos são desonestos e que a intenção é proteger os cidadãos contra fraudes e desinformação.
Lula também destacou a importância do Pix, que está sob investigação do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), e reafirmou o compromisso do Brasil com políticas ambientais. As tensões entre os dois países já resultaram em medidas como a revogação de vistos de ministros do STF e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.
E você, o que pensa sobre essa situação? Acha que o diálogo entre Brasil e EUA pode amenizar as tensões? Deixe sua opinião nos comentários.
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