CULTURA
Tema do evento foi revelado na noite de ontem durante coletiva de imprensa
A Bienal do Livro Bahia se prepara para sua próxima edição, que acontecerá de 15 a 21 de abril de 2026. O tema escolhido para o evento será “Identidade que Ecoa nos Quatro Cantos do Mundo”. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa realizada no restaurante Bocado, em Salvador.
Uma das grandes novidades para esta edição será a ampliação da programação, que passará a ter sete dias, ao invés de seis. A ideia é atender a demanda crescente, especialmente entre o público infantojuvenil. Tatiana Zaccaro, diretora geral da GL Events Brasil, mencionou o sucesso de público do ano passado, quando mais de 100 mil pessoas compareceram. Ela destacou que “para atender a demanda de visitações escolares, precisávamos de um dia a mais de evento”.
Na última edição, uma parte significativa do público era composta por jovens fazendo seu primeiro contato com a leitura. “O evento busca dialogar com todos os públicos, mas notamos um aumento no número de adolescentes e pré-adolescentes”, completou Tatiana.
Outro foco da Bienal será a exploração da literatura em diferentes mídias. “Queremos mostrar que as histórias vão além das páginas dos livros. Pode ser uma série baseada em um livro ou até um boardgame”, detalhou Tatiana.
A coletiva também revelou os curadores da vital edição. A equipe é formada por Joselia Aguiar, Aldri Anunciação, Mira Silva, Deco Lipe e Maíra Azevedo, conhecida como Tia Má. Joselia, que está envolvida no evento desde 2013, enfatizou a importância de criar um espaço que seja acessível e, ao mesmo tempo, tratem de temas profundos e relevantes.
“Queremos que as discussões sejam importantes, mas que também sejam atraentes para todos”, afirmou Joselia, destacando a meta de fazer um evento que encante diversos tipos de pessoas.
Embora a programação ainda esteja em desenvolvimento, nomes como João Reis, Pilar Del Rio e Paloma Matos já estão confirmados como atrações. Joselia comentou que os convites estão sendo feitos, com foco em como a Bahia se relaciona com o mundo.
O secretário de Cultura do estado, Bruno Monteiro, também participou do evento e falou sobre os desafios enfrentados pela literatura no Nordeste. Ele destacou a importância de transmitir que a tecnologia não compete com a leitura e que ambas podem coexistir. “Queremos mostrar que um livro tem seu próprio valor”, comentou.
Ao final da coletiva, a atriz Maria Gal emocionou o público com uma performance, antecipando seu papel como Carolina Maria de Jesus, uma escritora importante que terá sua história contada em uma cinebiografia a ser lançada no final de 2026. “Ela é uma das autoras mais influentes da literatura brasileira, suas obras ainda estão em evidência nas universidades”, ressaltou a atriz.
Em 2026 também se completam 49 anos da morte de Carolina, que será homenageada pela escola de samba Unidos da Tijuca com um samba-enredo. Maria Gal vê essa homenagem como uma forma de resgatar a história de uma mulher que foi apagada ao longo do tempo, destacando a necessidade de garantir a representatividade no Brasil.
A Bienal do Livro Bahia promete ser uma edição memorável e transformadora, convidando todos a prestigiar e celebrar a literatura em suas diversas formas. O que você acha dessa iniciativa? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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