O presidente da Argentina, Javier Milei, fez declarações contundentes nesta sexta-feira sobre a atual crise econômica do país. Durante um discurso na Bolsa de Comércio de Córdoba, ele afirmou que o colapso do peso e a alta do risco-país são resultado de um “pânico político” que tem afetado a estabilidade dos mercados financeiros.
Milei destacou a “descoordenação enorme” gerada pela instabilidade política e criticou setores que, segundo ele, colocam barreiras ao seu programa econômico. “Há um pânico político que está se espiralizando no mercado e gerando uma descoordenação enorme em termos de risco-país”, afirmou.
Nesta mesma sexta-feira, o dólar comercial foi cotado a 1.515 pesos no Banco Nación, marcando um novo recorde e ultrapassando o limite da banda de flutuação cambial imposta pelo governo. Além disso, o risco-país, avaliado pelo banco JP Morgan, fechou a semana em cerca de 1.400 pontos base, dificultando ainda mais o acesso da Argentina ao crédito internacional.
Na quarta-feira, o Banco Central precisou intervir pela primeira vez em cinco meses, injetando US$ 432 milhões (aproximadamente R$ 2,3 bilhões) em apenas dois dias para tentar estabilizar a moeda. Apesar dos desafios, Milei se mostrou confiante em seu plano econômico e acusou adversários de tentar desestabilizar sua gestão. “Estão colocando obstáculos para prejudicar nosso programa”, completou.
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