A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que o Telegram retirou do ar grupos e canais que promoviam o uso de dióxido de cloro como um tratamento milagroso para diversas doenças, incluindo câncer e autismo. Essa substância, além de não ter qualquer respaldo médico ou científico, é corrosiva e pode causar danos sérios à saúde, especialmente em crianças.
Apesar de ser ilegal, o dióxido de cloro tem sido comercializado como um “medicamento” desde o início da pandemia da covid-19. A remoção dos conteúdos foi solicitada pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia na última sexta-feira, 19. O órgão também pediu que a plataforma bloqueasse a pesquisa de palavras-chave que facilitassem o acesso a esse tipo de informação
Na notificação enviada ao Telegram, a procuradoria destacou que se tratava de uma clara desinformação, sem qualquer comprovação, que poderia enganar o público sobre questões relacionadas à saúde pública.
A iniciativa da AGU se deu após denúncias recebidas pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Durante a investigação, foram descobertas 30 regiões que recomendavam o uso do dióxido de cloro para diversos fins.
A Agência Brasil está buscando um retorno do Telegram sobre essa situação e permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos.
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