O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da ONU, António Guterres, lideram um diálogo hoje, dia 23, em Nova York, sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). A iniciativa faz parte da programação da 80ª Assembleia Geral da ONU, com foco em ação climática.
O TFFF, criado pelo governo brasileiro, visa remunerar países pela proteção das florestas tropicais. A meta é arrecadar US$ 25 bilhões de nações investidoras até a COP30, que acontecerá em novembro de 2025, em Belém (PA). Com isso, espera-se mobilizar mais US$ 100 bilhões do setor privado nos próximos anos.
Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a proposta é inovadora por adotar uma lógica de mercado. “Para cada dólar investido pelos países, pretendemos mobilizar cerca de quatro dólares do setor privado, criando um fundo fiduciário permanente. Essa é uma nova maneira de financiar a conservação, com responsabilidade compartilhada e olhar para o futuro”, afirma.
Na prática, o fundo deve repassar US$ 4 bilhões por hectare preservado, beneficiando até 74 países que comprovem a conservação de florestas tropicais por meio de monitoramento via satélite. Ao menos 20% dos recursos serão destinados a povos indígenas e comunidades tradicionais.
Atualmente, cinco países com florestas tropicais já aderiram ao fundo: Colômbia, Gana, República Democrática do Congo, Indonésia e Malásia. Além disso, cinco investidores potenciais apoiam a iniciativa: Alemanha, Emirados Árabes Unidos, França, Noruega e Reino Unido.
O diálogo de hoje faz parte do Evento Especial de Alto Nível sobre Ação Climática, realizado paralelamente à Assembleia Geral da ONU. Os resultados das discussões serão apresentados amanhã, dia 24, em um relatório que trará orientações para a COP30.
O que você pensa sobre a criação desse fundo? Acredita que essa iniciativa pode realmente fazer a diferença na preservação das florestas tropicais? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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