Anvisa: não há registros que relacionem paracetamol a autismo

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que não há registros que conectem o uso de paracetamol na gravidez a casos de autismo. O anúncio aconteceu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionar essa suposta ligação.

A declaração de Trump gerou grande preocupação no Brasil, especialmente entre as mães de crianças diagnosticadas com autismo. Muitas delas expressaram suas angústias em redes sociais e grupos de maternidade, compartilhando sentimentos de culpa sobre o uso do analgésico durante a gravidez.

Preocupação com desinformação

Rayanne Rodrigues, estudante de Farmácia e mãe de uma criança com autismo, destacou o impacto da desinformação. Ela comentou que, embora não tenha se sentido culpada, muitas mães questionam suas escolhas durante a gestação, o que pode aumentar ainda mais a angústia nesses casos. Segundo ela, o acesso a medicamentos seguros durante a gravidez é limitado, e informações errôneas podem causar desespero nas famílias.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também se manifestou nas redes sociais, reforçando que não há comprovações científicas que sustentem a ligação entre o paracetamol e o autismo. Ele alertou que acreditar em boatos pode colocar em risco a saúde das mães e dos bebês.

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desmentiu a afirmação de que o paracetamol causa autismo. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Padilha enfatizou que iniciativas internacionais, como as da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Agência de Medicamentos da União Europeia, afirmam que ainda não existem evidências que sustentem essa ligação. A OMS declarou que não há pesquisas que comprovem a associação entre autismo e paracetamol durante a gestação.

Enquanto isso, a FDA, agência reguladora americana, iniciou um processo para atualizar a bula do paracetamol nos Estados Unidos, com foco nas preocupações levantadas. No Brasil, a Anvisa classifica o paracetamol como um medicamento de baixo risco e assegura que a distribuição de medicamentos segue critérios rigorosos de qualidade e segurança.

Essas questões levantam debates importantes sobre saúde e segurança, além da necessidade de disseminação de informações precisas. O que você pensa sobre essa notícia? Deixe suas opiniões nos comentários.

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