O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, revelou nesta quinta-feira (25) que existem indícios sólidos de que Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como “Jaguar”, foi o atirador no atentado contra Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil e atual secretário de Governo de Praia Grande, no litoral paulista.
A suspeita surgiu após o depoimento de Luiz Henrique Santos Batista, chamado de “Fofão”, que está preso por sua ligação com o crime. Essa informação foi corroborada por uma análise do celular de Fofão. Jaguar, que é membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e tem um histórico criminal violento, já cumpriu 23 anos de pena por homicídio, latrocínio e organização criminosa. Ele se apresentou em uma delegacia de São Vicente após ter a prisão decretada pela Justiça.
Derrite explicou que a investigação está focada em comparar os projéteis encontrados no corpo de Ruy com armas utilizadas no atentado. Além disso, digitais e vestígios em veículos associados à quadrilha serão fundamentais para elucidar o caso. Até agora, pelo menos oito suspeitos foram identificados, dos quais quatro já estão presos. Entre eles, uma mulher, acusada de transportar fuzis, e o dono de um imóvel em Praia Grande.
O secretário confirmou a participação do crime organizado, mas ainda não está claro qual foi a motivação. As investigações estão considerando duas possibilidades: uma retaliação pela atuação de Ruy no combate ao PCC ou sua função recente como secretário municipal. “É uma questão de honra para o Estado de São Paulo esclarecer esse crime”, enfatizou.
O ataque foi realizado por cerca de seis pessoas em dois veículos, e dois suspeitos continuam foragidos. Essas informações foram reveladas durante uma cerimônia de entrega de viaturas à Polícia Militar em São Paulo, onde o governador Tarcísio de Freitas era esperado, mas não compareceu.
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