Em um trágico incidente em Mbale, Uganda, um estudante muçulmano esfaqueou seu irmão logo após este se converter ao cristianismo. A vítima, Shafiki Wasike, de 19 anos, foi atacada por seu irmão Akram Kairoki, de 17 anos, no dia 1º de setembro, pouco antes de chegarem à escola.
O pastor David Wabomba, que orientou Wasike em sua nova fé após um evento evangelístico, relatou que a conversão foi divulgada por um vizinho que participou do debate religioso no dia anterior. Antes de ser atacado, Wasike expressou sua dor, questionando o motivo da agressão e afirmando que tudo que fez foi mudar de fé.
Wabomba havia conversado com Wasike, convencendo-o a participar de uma missa no domingo. Contudo, três horas após essa conversa, o jovem recebeu ameaças de seu irmão, que o chamava de envergonhamento para a família. Quando voltaram para casa, Kairoki confrontou Wasike, exigindo que ele renunciasse ao cristianismo.
No caminho para a escola, Akram não hesitou em usar uma faca, golpeando Wasike no peito e no lado esquerdo das costelas. O barulho chamou a atenção de outros três alunos que, imediatamente, chamaram uma motocicleta para socorrer Wasike. No entanto, ele não sobreviveu aos ferimentos e faleceu no hospital.
Após o ataque, Kairoki tentou se esconder, mas a polícia de Mbale o localizou e prendeu alguns dias depois. O porta-voz da polícia, Rogers Taitika, informou que ele será levado a julgamento por assassinato e ressaltou a importância da colaboração da população na captura do agressor.
Wasike foi sepultado na casa ancestral da família em Kabwagasi. O pastor Wabomba conduziu o funeral no dia 8 de setembro e lamentou que a família se distanciou do corpo dele, considerando-o um infiel após a conversão. A Constituição de Uganda garante a liberdade religiosa, permitindo que indivíduos mudem de fé.
Esse incidente destaca os desafios enfrentados por aqueles que decidem mudar de religião em um contexto onde a conversão pode gerar reações extremas. Como você vê essa situação em relação à liberdade religiosa? Compartilhe suas opiniões nos comentários.
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