A atriz Jennifer Lawrence, ganhadora do Oscar por “O Lado Bom da Vida”, não hesitou ao expressar suas opiniões sobre a atual situação na Gaza. Durante uma coletiva de imprensa em San Sebastián, onde recebeu o prêmio honorário Donostia, ela se referiu à guerra como “genocídio” e destacou a falta de integridade nas políticas americanas. “O que está acontecendo é inaceitável”, afirmou a atriz de 35 anos.

Lawrence também abordou suas preocupações como mãe. “Sinto medo pelos meus filhos e pelas crianças do mundo. O que me entristece é a normalização da falta de respeito na política americana, especialmente para os jovens que estão começando a votar”, comentou. Ela enfatizou que, à medida que os políticos se tornam desonestos e indiferentes, isso pode acabar afetando a todos nós.

Em sua fala, a atriz lamentou que suas declarações, assim como as de outros colegas, muitas vezes não tragam mudanças, mas apenas “joguem mais lenha na fogueira”, ao invés de levar a ações efetivas dos representantes eleitos.

Na lista dos grandes do cinema

Com o prêmio Donostia, Lawrence se torna a atriz mais jovem a ser reconhecida na história do festival, ao lado de ícones como Gregory Peck e Meryl Streep. Durante seu discurso, ela expressou sua emoção por receber essa homenagem e falou sobre o impacto que esses artistas tiveram em sua carreira e vida pessoal.

Após a cerimônia, o público teve a oportunidade de assistir a seu mais recente filme, “Morra, Amor”, dirigido por Lynne Ramsay. A obra, que aborda temas como a maternidade de forma crua e honesta, reflete parte da experiência de Lawrence como mãe de dois filhos. A atriz compartilhou que o filme ressoou profundamente com ela, especialmente após um pós-parto difícil.

As avaliações dos críticos sobre os filmes que concorrem à Concha de Ouro apontam três favoritos, sendo eles “Los domingos” e “Historias del buen valle”, além de “Las corrientes”. A vencedora será anunciada na próxima noite de gala.